https://youtu.be/r9denO6Cz5s
Em Deuteronomio 14, a partir do vers. 22 vemos que havia um lugar para o Senhor fazer habitar o nome, onde os israelitas deveriam trazer seus sacrifícios, ofertas e dízimos. Este assunto é detalhado mais no capítulo 12 onde o Senhor mostra que haveria um lugar, e um só lugar, onde os judeus deveriam adorar, e para onde deveriam trazer seus dízimos, ofertas e sacrifícios. O lugar seria Jerusalém, reconhecido por Deus e onde Ele colocaria o Seu nome. A esse lugar eram dirigidas até mesmo as orações (Dn 6.10). Ali seria construído o templo por Salomão; um lugar físico de adoração.
Porém lendo João 4 vemos que tudo iria mudar com relação à Igreja. O templo, assim como Jerusalém, seria destruído. Uma nova ordem de adoradores estava para ser estabelecida, aqueles que adorariam ao Pai em Espírito e em verdade. O Senhor não deu ordens para que fosse construído algum templo cristão, uma vez que os crentes, individualmente (1 Co 6.19) e a assembléia ou Igreja, coletivamente (Ef 2.20‑22) seriam o templo de Deus onde o Seu Espírito viria habitar. Além do mais, o verdadeiro tabernáculo hoje encontra‑se no céu (Hb 8.1,2) onde também está o nosso Sumo Sacerdote.
Lembre‑se que o tabernáculo representa o lugar de adoração durante a peregrinação e o Templo, durante o reino estabelecido e em paz. Assim foi com Israel, e isso eram figuras para o tempo presente quando temos um tabernáculo, porém no céu. Portanto o lugar onde o crente deve entrar para adorar hoje é na própria presença de Deus (Leia Hb 9.1‑8; 10.19‑22), onde podemos entrar fundamentados na obra de Cristo e lavados pelo Seu sangue precioso. Não há na terra, portanto um edifício designado por Deus, como havia o templo, nem tampouco uma cidade em especial, como era Jerusalém. Na adoração coletiva, há hoje um lugar onde podemos encontrar o Senhor Pessoalmente. Onde dois ou três estão reunidos em (ou ao) Seu nome (Mt 18.20). Este é o lugar onde a Igreja deve adorar, na própria presença do Senhor.
No que se refere ao dízimo, não se trata de uma ordenança para a Igreja. A finalidade de se levar o dízimo ao Templo, nos dias do Antigo Testamento ou mesmo nos dias dos Evangelhos (que ainda eram dirigidos aos judeus), era para a manutenção do Templo e do seu tesouro, e para a sobrevivência dos levitas e sacerdotes, uma classe especial de homens designados por Deus, os quais se ocupavam do serviço do Templo e, no caso do sumo sacerdote, de entrar uma vez por ano na presença de Deus no Santo dos Santos.
Hoje todos os crentes são igualmente sacerdotes (1 Pd 2.5‑9); não existe mais uma classe especial de homens, embora nos sistemas criados pelos homens isso ainda seja usado. Não existe um templo físico para ser mantido e não há nenhuma indicação na doutrina dos apóstolos, que é dirigida à Igreja, que esta deva dar o dízimo. Existem, isto sim, referências para que sejam feitas coletas, no primeiro dia da semana, para suprir as necessidades dos santos, isto é, dos próprios crentes.