https://youtu.be/fw8_5v438tU
A palavra grega significa literalmente "administração de uma casa", e "economia" sendo, portanto, uma certa maneira de Deus tratar com o homem, na administração variada dos Seus desígnios em diferentes épocas. Ao revermos as diferentes administrações de Deus para com o homem, podemos notar o estado de inocência no Éden, embora isto não se enquadre bem no caráter de uma dispensação. Uma lei apenas foi dada a Adão e Eva, e exigia‑se obediência, tendo sido anunciada uma pena para o caso de falharem.
Isso foi seguido por um longo período de aproximadamente 1.600 anos até o dilúvio ‑‑ uma época de ausência de um tratar definido de Deus para com o homem, durante cujo período os homens corromperam os seus caminhos, e a terra se encheu de violência. O mundo foi então avisado por Deus por intermédio de Noé que foi um pregador da justiça; e Deus esperou, em benignidade, que houvesse arrependimento, enquanto era preparada a arca (1 Pd 3.20; 2 Pd 2.5). Eles não se arrependeram e o velho mundo foi destruído.
No mundo pós‑diluviano Deus estabeleceu o governo humano para com o próximo, ao mesmo tempo em que um conhecimento de Deus, como um Deus que julga o mal, foi espalhado pelos descendentes de Noé, o que faz com que tradições acerca do Dilúvio sejam encontradas hoje por todo o mundo. Esse foi um testemunho adicional para Deus. Seguiu‑se, então, a divisão da terra em várias nações e tribos, de acordo com suas famílias e línguas. Em meio a isso prevaleceu a ignorância acerca de Deus, apesar do testemunho do poder e divindade de Deus, e da admoestação da consciência, da qual é falado em Romanos 1 e 2.
Cerca de 360 anos após o dilúvio, teve início a era dos patriarcas com o chamado de Abraão, uma nova e soberana maneira de Deus tratar com o homem. Porém isto ficou restrito a Abraão e seus descendentes.
A dispensação da Lei veio em seguida, estritamente falando, o primeiro sistema publicamente estabelecido de Deus tratar com o homem, havendo sido administrado por anjos. Os oráculos de Deus foram dados a uma nação, a única nação sobre a terra que Deus reconheceu dessa forma (Am 3.2). Essa foi a dispensação do "Faça isso e viverá e será abençoado; desobedeça e será amaldiçoado". Essa dispensação teve três fases distintas: 1.) Cerca de 400 anos sob os Juízes, quando Deus deveria ser o Rei para o povo, mas quando na realidade cada um fazia aquilo que era justo aos seus próprios olhos. 2.) 500 anos como um reino sob uma linhagem real. 3.) 600 anos do cativeiro até a vinda de Cristo. Conectado a isso havia o testemunho profético: a lei e os profetas que foram até João (Lc 16.16).
Durante a "Dispensação da Lei" os tempos dos gentios tiveram início na supremacia política de Nabucodonosor, a cabeça de ouro e reis dos reis (Dn 2.37,38). Esses "tempos do gentios" continuam a ter ser curso, e continuarão até que o Senhor Jesus dê início ao Seu reino.
A Dispensação da graça e verdade teve início após a pregação de João Batista, pelo advento de Cristo. Durante esta dispensação o evangelho é pregado a toda criatura debaixo do céu, e acontece o chamado da Igreja, extendendo‑se como um parênteses, do dia de Pentecostes até o arrebatamento dos santos (At 2.1‑4; 1 Ts 4.13‑18). Paulo tinha uma "dispensação" especial a ele comissionada por Deus, tanto com respeito ao evangelho como ao cumprimento da palavra de Deus pela doutrina da igreja sendo o corpo de Cristo (1 Co 9.17; Ef 3.2,3; Cl 1.25,26).
A dispensação do Reino de Cristo sobre a terra durante o milênio é também chamada de dispensação da plenitude dos tempos (Ef 1.10; Ap 20.1‑6).
Sob estas variadas administrações, a bondade e fidelidade de Deus brilhou, e a ruína do homem fez‑se manifesta em todo lugar." (Concise Bible Dictionary).