https://youtu.be/UJsZsaP7FvA
A primeira vez em que o Sábado é especificamente mencionado nas Escrituras é em Êxodo 16:23, depois que o maná foi dado dos céus; mas fica evidente que o Sábado teve sua origem na santificação e bênção do sétimo dia após os seis dias de trabalho da criação. Aparentemente existia uma divisão semanal de dias até a época do dilúvio, pois isto é mencionado em conexão com Noé. Também vemos em Marcos 2:27 que o Sábado foi feito para o homem. Era uma instituição que expressava a misericordiosa consideração de Deus para com o homem.
As palavras "descanso" e Sábado na passagem em Êxodo não possuem artigo, por isso a sentença pode ser traduzida "Amanhã é descanso, Sábado santo para o Senhor". Assim, nos versículos 25 e 26 não existe artigo, o que acontece no versículo 29. Posteriormente o Sábado foi definitivamente incluído nos dez mandamentos, capítulo 20:8‑11 de Êxodo, e ali é feita referência ao fato de Deus haver descansado no sétimo dia após a obra de criação, sendo esta a base da instituição.
O Sábado tinha um lugar peculiar em relação com Israel, e assim em Levítico 23, nas festas de Jeová, nas santas convocações, o Sábado de Jeová é mencionado primeiramente como mostra da grandiosa intenção de Deus. Deus havia libertado Israel da escravidão do Egito e, portanto, ordenou que guardassem o sábado (Deut. 5:15). O Sábado era o sinal da aliança de Deus para com eles e pode ser que o Senhor Jesus, ao ofender várias vezes aos judeus por não guardar o Sábado (do ponto de vista deles) por atos de misericórdia que Ele praticava prenunciava a aproximação da dissolução da aliança da lei (Êxodo 31:13,17; Ezequiel 20:12,20).
O Sábado era um prenúncio do descanso ao qual deveria entrar o povo de Deus, mas por causa do pecado daquels que se dirigiam para a terra prometida, e a desprezavam, Deus jurou em Sua ira que não entrariam no Seu descanso (Salmo 95:11). Deus tem o propósito de introduzir o Seu povo (Israel) no Seu descanso, para o qual permanece ainda a guarda do Sábado (Hebreus 4:9).
O Sábado nunca foi dado às nações da mesma forma que o foi para Israel, e dentre os pecados citados contra os gentios, nunca é mencionada a transgressão do Sábado. No entanto, parece ser um princípio do governo de Deus sobre a terra que homens e animais devessem ter um dia em sete para o descanso do trabalho, pois todos o necessitam fisicamente.
O Sábado cristão é designado como sendo o dia do Senhor, e é tão distinto do Sábado legal judaico como a abertura, ou primeiro dia, de uma nova semana é distinta do término ou encerramento da semana que passou. O Senhor jazia na morte no Sábado judaico; os cristãos têm, no primeiro dia da semana, o dia da ressurreição.
O "Dia do Senhor" é uma expressão que aparece apenas em Apocalipse 1:10, quando João estava no Espírito no dia do Senhor. Era o dia da semana no qual o Senhor ressuscitou ‑ trata‑se do dia da ressurreição que marca enfaticamente o Sábado para o cristão. É o primeiro dia da semana, o que sugere o início de uma nova ordem de coisas, totalmente distinta daquela conectada com o Sábado da Lei.
No dia do Senhor os discípulos costumavam se reunir com o expresso propósito de partirem o pão (Atos 20:7) e, embora não haja nenhum preceito legalista a respeito, trata‑se de um dia especialmente considerado pelos cristãos. Trata‑se, literalmente, do "dia dominical", uma palavra que aparece somente em conexão com a "ceia do Senhor" em 1 Coríntios 11:20 e não deve ser confundida com "o dia do Senhor", no sentido que aparece em 2 Pedro 3:10 e outras passagens.
(Traduzido de Concise Bible Dictionary).'