https://youtu.be/6-CIEUS241A
Não há como eu incutir em você a crença de que a Bíblia seja divina, pois quando aqui não se trata de "acreditar" no sentido de uma asserção quanto à existência, mas de crer como quem crê que um cirurgião é bom, por ter sido salvo por ele.
Não se chega à fé pelo intelecto. Eu tinha uma coleção de crenças intelectuais. 3 anos de macrobiótica e uma estante cheia de livros esotéricos que sempre diziam que era preciso evoluir, que eu tinha algo a ser desenvolvido, que eu era isso e aquilo, que só precisava fazer isso ou aquilo para chegar ao céu, nirvana, equilívrio, tao etc.
Tudo isso caiu por terra imediatamente, quando me rendi. Trata-se de uma rendição: reconhecer que estou perdido e que preciso parar de buscar/lutar e simplesmente aceitar a oferta de amor de Deus. Foi assim. É por isso que se chama "conversão". Você está indo para um lado, ouve um "meia volta, volver!" e dá um giro. :)
O problema é que aceitar que a Bíblia é a Palavra de Deus significa aceitar que agora tem Alguém que vai falar comigo e eu preciso obedecer. Aí acaba minha "liberdade" e "independência" (essa é a raiz do pecado). Antes de exercer fé em Deus e em Sua Palavra, e assim considerar a Bíblia como tal, é preciso abrir mão de uma compreensão intelectual. Imagine-se diante de uma porta sem entender o que há lá dentro. Aí você passa a vida matutando sobre o que há lá, sem jamais ter dado o passo e atravessado a porta. Dar o passo é um momento de desequilíbrio, de incerteza, mas que é exatamente quando tudo o mais fica de lado e só a fé passa a ser o corrimão.
Não podemos "compreender" Deus ou Sua Palavra no sentido intelectual, mas apenas aceitá-lo. Você não compreende completamente seu celular, mas o aceita e usa. Seria um tolo se decidisse que só usaria celular quando compreendesse perfeitamente sua tecnologia.
Não compreendo Deus, mas O aceito, e a Cristo como meu Salvador. Jamais vou entender como é que o Criador, por me amar tanto, entregou Seu Filho para morrer em meu lugar, pagando por minhas culpas. Isto é algo que vai além de toda razão. Pense bem: o próprio Filho de Deus vindo ao mundo na forma de um homem para morrer! E morrer para assumir a culpa de um verme como eu! Dá para entender? Não. O mesmo com respeito a Bíblia.
É por isso que se chama "fé", da qual só temos a definição uma única vez na Bíblia: (HB 11:1) "ORA, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem."
Quando falo da Bíblia com tanto carinho, é porque a carta de um pai só faz algum sentido quando se é filho. Para qualquer outro é algo banal. Qualquer estudioso pode conhecer a Bíblia como um livro, seu estilo, sua história etc. Mas é o Autor da Bíblia que precisa ser conhecido. Não vou entrar neste assunto, pois poderia escrever horas sem saber se você está realmente interessado em conhecer a fundo o que é a Bíblia, sua origem e seu poder. Caso esteja, sugiro que leia o livro "Evidências que exigem um veredicto", de Josh McDowell. Ele tem outros livros sobre o tema.
Eu e você escrevemos e sabemos que é mais fácil escrever um livro sozinho do que em grupo. Geralmente livros escritos em grupo acabam tendo algumas discordâncias, se o grupo não for coeso e tiver um mesmo pensamento. Agora imagine escrever um livro em grupo, só que um grupo de pessoas de níveis sociais e intelectuais diversos, morando em 3 continentes, sem que a maioria delas tenha contato umas com as outras. E não é só isso.
Suponha que esse grupo seja formado por pessoas que viveram num período de 1.300 anos, entre o primeiro e o último autor, e tenham escrito porções deste livro em 3 idiomas diferentes. Para dificultar ainda mais as coisas, imagine que este projeto, no final, tenha que ter uma coerência ao longo de suas páginas, sem contradições. A obra tem que ser harmoniosa, do começo ao fim.
É isso o que acontece com os 66 livros que compõem a Bíblia, escritos por quase 40 pessoas. Não é apenas uma grande obra. É transcendente e incrível. Jamais teria sido obra da simples compilação de autores ou do acaso. É preciso conhecer o Autor para saber. Sim, ela foi escrita por homens, mas é como se tivesse sido ditada.
Há nelas provas incríveis, como as profecias já cumpridas. A destruição "parcelada" de Tiro é uma delas, já que dá para ler o que a Bíblia previu a respeito e comparar com o que já é história. A Bíblia conta que cidade de Tiro (na campina) seria destruída (Ez 26:8), que muitas nações viram contra Tiro (26:3), que suas muralhas seriam jogadas no mar e seria convertida em uma penha (26:4), que os pescadores a usariam para secar suas redes (26:5), que seus despojos seriam lançados ao mar (sem o que não serviria para enxugar as redes) (26:12), que nunca mais seria reconstruída (26:14) (a Tiro que conhecemos hoje não é a mesma).