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É pecado considerar-se salvo?



https://youtu.be/xV33p1SYD4o

Você disse que eu afirmar que estou salvo é "um erro gravíssimo; um pecado mortal" e que "ninguém pode afirmar a certeza de sua salvação" pois "a Ele cabe o julgamento de acordo com Seu perfeito discernimento".

Bem, se a justificação fosse por obras, aí sim seria um erro. Como não é, Deus quer que o cristão tenha a certeza. "...para que saibais que tendes a vida eterna". 1 João 5:13 A salvação cristã não é por mérito, como no islamismo, mas um resultado da obra de Cristo, do "sangue de Jesus Cristo, seu Filho, (que) nos purifica de todo o pecado" 1 Jo 1:7, portanto uma vez consumada a obra de redenção, essa salvação está disponível ao que crê. Talvez você deva ler o que respondi a um muçulmano.

Talvez o equívoco esteja em pensar que no juízo final Deus decidirá, mas o problema é que não há salvação no juízo final. É um juízo para distribuição de penas, pois é um julgamento baseado nas obras. E se Deus se basear em nossas obras, quem se salvará? "O mar entregou os mortos que nele havia; e a morte e o hades entregaram os mortos que neles havia; e foram julgados, cada um segundo as suas obras." Ap 20

Um cristão que não tem certeza de sua salvação, ou leva uma vida miserável, por perceber o quanto é falho, ou leva uma vida soberba, por achar que existe em si algo de bom que possa fazer para ser salvo. Caim ofereceu a Deus o fruto do seu trabalho, mas Abel ofereceu a Deus um cordeiro sacrificado. É do segundo que Deus se agradou. O cristão sabe que sua salvação depende do Cordeiro sacrificado, não das obras que são fruto de seu trabalho e de uma terra amaldiçoada por Deus.

>> Você escreveu: S. Tiago (2, 14 - 26): “... Vedes, pois, que o homem é justificado pelas obras; e não pela fé somente. Porque, assim como seu o espírito o corpo está morto, morta é a fé sem as obras".

Sim, o versículo que citou está correto. E tem mais: "Porventura o nosso pai Abraão não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque?"

Só que se formos a Romanos 4 vamos encontrar o contrário:

"Porque, se Abraão foi justificado pelas obras, tem de que se gloriar, mas não diante de Deus. Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça. Ora, àquele que faz qualquer obra não lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida. Mas, àquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça".

Será que existe uma contradição na Bíblia? Eu sei que, segundo a doutrina católica, se existir qualquer contradição entre a Bíblia e a Doutrina da Igreja, fica valendo a última (ou seja, a doutrina se sobrepõe em autoridade à própria Palavra de Deus). Mas quando encontramos uma contradição dentro da própria Bíblia, será que não está querendo dizer em Romanos que o assunto é a justificação diante de Deus e não diante dos homens? "Porque se Abraão foi justificado pelas obras, tem de que se gloriar, mas não diante de Deus". Hmmm... parece que sim. E Tiago, o que diz?

"Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras." Tg 2 Será que aqui não está falando do fruto visível da fé, que é a justificação perante homens (tu tens, eu tenho...)? Porque evidentemente Deus julga os corações e os homens julgam segundo podem ver. "mostra-me a tua fé... e eu te mostrarei...".
Mario Persona é palestrante e consultor de comunicação, marketing e desenvolvimento profissional www.mariopersona.com.br. Não possui formação ou título eclesiástico e nem está ligado a alguma denominação religiosa, estando congregado desde 1981 somente ao Nome do Senhor Jesus. Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.
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Esclarecimentos: O conteúdo deste blog traz respostas a perguntas de correspondentes, portanto as afirmações feitas aqui podem não se aplicar a outras pessoas e situações. Algumas respostas foram construídas a partir da reunião das dúvidas de mais de um correspondente. O objetivo é apenas mostrar o que a Bíblia diz a respeito das questões levantadas, e não sugerir qualquer ingerência de cristãos na política e na sociedade, no sentido de exigir que as pessoas sigam os preceitos bíblicos. O autor é favorável à livre expressão e, ainda que seu entendimento da Bíblia possa conflitar com a opinião de alguns, defende o respeito às pessoas de diferentes crenças e estilos de vida. Aqui são discutidas ideias e julgadas doutrinas, não pessoas. A opção "Comentários" foi desligada, não por causa das opiniões contrárias, mas de opiniões que pareciam favoráveis mas que tinham o objetivo ofender pessoas ou fazer propaganda de alguma igreja ou religião, induzindo os leitores ao erro.

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