https://youtu.be/AexpJDAe8Nc
A descendência legal sempre foi a considerada (ou você acha que é só com teste de DNA que se determina a paternidade?). Tenho um filho adotado por adoção plena, ou seja, ele é meu filho, tem meu sobrenome e em sua certidão de nascimento consta os nomes de meus pais e sogros como avós. Se sobrar alguma herança, ele terá seu quinhão. No processo de adoção existe uma linha escrita pelo juiz que diz que ninguém poderá contestar isso.
Portanto, mesmo sendo descendete de Maria (que também vinha da linhagem de Davi), esta descendência seria hoje considerada pelos judeus. Pergunte a qualquer judeu e saberá que hoje é considerado judeu quem o é por parte de mãe. Um povo em constante exílio não podia se dar ao luxo de agir diferente, já que eram constantemente escravizados por inimigos e suas mulheres violadas por estrangeiros. Quem me explicou isto foi um judeu.
Você diz que um rabino alega que, se Jesus era filho de uma virgem, não tinha pai, e dessa maneira não poderia ter cumprido o requerimento messiânico de ser descendente do Rei David pelo lado paterno.
Percebe as implicações do que esse rabino diz? Ele está baseando sua refuta na afirmação dos cristãos e, ao fazer isso, está assumindo que a afirmação dos cristãos estaria correta, a de que Jesus era filho de uma virgem e concebido pelo Espírito Santo, portanto, filho de Deus conforme é afirmado no Novo Testamento. Ao tentar refutar uma coisa esse rabino que mencionou acaba admitindo outra que era justamente o que os judeus da época não queriam aceitar:
"Não é este o filho do carpinteiro? e não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, e José, e Simão, e Judas?" Mateus 13:55
Mas, voltando ao "quem é judeu", nem os judeus chegaram a uma conclusão, mas a linhagem materna é a oficial e adotada pelo Estado de Israel para definir quem pode ser cidadão:
"Já quanto a descendência judaica, a divergência aparece na definição de quem viria a linha judaica, se matrilinearmente, patrilinearmente ou ambas as hipóteses. A primeira é a majoritária, sendo apoiada pelo judaísmo rabínico ortodoxo e conservador. Essa tese têm força e raio de ação maiores por ser adotada pelo Estado de Israel, além de grande parte das comunidades ao redor do mundo. Porém, a patrilinealidade é defendida pelo judaísmo caraíta e os judeus Kaifeng da China, grupos separados dos grandes centros judaicos e que desenvolveram sob tradições diferentes com base em costumes que remontam a vários séculos passados. Por último, existe a tese que ambos os pais podem dar ao filho a condição de judeu que é defendida pelo judeus reformistas que em março de 1983 por três votos a um reconheceu a validade da descendência paterna mesmo que a mãe não seja judia desde que a criança seja criada como judeu e se identifique com a fé judaica."