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Por que Exodo nao diz o nome do Farao?



https://youtu.be/-GhU_A7u_G8

Não sei a razão da Bíblia usar apenas Faraó sem identificar seu nome. "Faraó" era o titulo da época e assim ele era conhecido no período em que vivia. Ao contrário de um presidente, que tem um mandato limitado, um Faraó tinha mandato vitalício. Se ele fosse entronizado ainda criança e vivesse, digamos, 90 anos, por que alguém iria identificá-lo pelo nome? Bastaria dizer "Faraó" que todos os seus contemporâneos saberiam de quem se tratava. Outros, como "César" e "Amaleque", também podiam ser identificados apenas por estes títulos, que não eram seus nomes.

O uso de nomes na Bíblia traz aspectos diferentes do que fazemos na cultura atual. Li que Tomé pode não ter sido um nome, mas um apelido tipo "gêmeo". As pessoas não tinham sobrenomes, mas eram identificadas pelo nome do pai, da cidade onde morava, da profissão (Alexandre latoeiro) etc, como ainda é feito informalmente no interior do Brasil. É interessante conhecer a história dos sobrenomes na Wikipedia.

Voltando à sua pergunta, se Deus não achou necessário citar o nome do Faraó do Êxodo é porque queria que prestássemos atenção naquilo que é realmente importante no contexto da história contada por Deus na Bíblia. Aliás, esta é uma das regras na leitura do texto bíblico: não perder tempo tentando descobrir o que não foi revelado.

Por exemplo, que proveito há em saber a composição dos pães que Jesus multiplicou, ou o tamanho da cruz? Porém, quando lemos as instruções para a construção do tabernáculo no deserto, ou do templo de Jerusalém, ficamos espantados com os detalhes de medidas e materiais. Tudo aquilo tinha uma razão de ser, pois eram figuras de Cristo.

A leitura das Escrituras sempre devem nos levar a olhar para Cristo. Se nos levam a olhar para outras coisas - por exemplo, para fantasias como a idéia da Arca da Aliança ser uma potente bateria - então estamos olhando para o lado errado. Hoje é comum as pessoas correrem atrás de qualquer novidade que não tem utilidade.

Mesmo que história e arqueologia possam trazer elementos interessantes ao conhecimento bíblico, precisamos apenas do Espírito Santo para compreender os pensamentos de Deus. Pelo menos é o que aprendemos de 1 Coríntios:

"Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, E não subiram ao coração do homem, São as que Deus preparou para os que o amam. Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus". 1 Co 2:9-11

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Mario Persona é palestrante e consultor de comunicação, marketing e desenvolvimento profissional www.mariopersona.com.br. Não possui formação ou título eclesiástico e nem está ligado a alguma denominação religiosa, estando congregado desde 1981 somente ao Nome do Senhor Jesus. Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.
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Esclarecimentos: O conteúdo deste blog traz respostas a perguntas de correspondentes, portanto as afirmações feitas aqui podem não se aplicar a outras pessoas e situações. Algumas respostas foram construídas a partir da reunião das dúvidas de mais de um correspondente. O objetivo é apenas mostrar o que a Bíblia diz a respeito das questões levantadas, e não sugerir qualquer ingerência de cristãos na política e na sociedade, no sentido de exigir que as pessoas sigam os preceitos bíblicos. O autor é favorável à livre expressão e, ainda que seu entendimento da Bíblia possa conflitar com a opinião de alguns, defende o respeito às pessoas de diferentes crenças e estilos de vida. Aqui são discutidas ideias e julgadas doutrinas, não pessoas. A opção "Comentários" foi desligada, não por causa das opiniões contrárias, mas de opiniões que pareciam favoráveis mas que tinham o objetivo ofender pessoas ou fazer propaganda de alguma igreja ou religião, induzindo os leitores ao erro.

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