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Com quem esta a razao - judeus ou palestinos?



https://youtu.be/yXNoamwh01I

Para responder é preciso ter um padrão de referência. Se quiser medir algo você precisa de um metro; se quiser pesar precisa de uma balança. Nos dois casos você utilizará um padrão de referência, o metro ou o quilo. Tudo funciona assim, até cores. Quem trabalha com artes gráficas tem seu próprio sistema para comparar cores (geralmente se usa o Pantone), pois não basta dizer que determinada cor é branca se eu não tiver um padrão uniforme de branco para comparar.

Como julgar a questão judeus-palestinos? Se formos pela regra de quem chegou primeiro à terra, então os palestinos (antigos filisteus) estão com a razão, pois estavam lá muito antes de Israel. Neste caso Israel deveria abandonar a Palestina e voltar a ser um povo errante, como era Jacó e seus filhos, ou então seus cidadãos deveriam pedir cidadania iraquiana e se mudarem para o Iraque, que é onde ficava a cidade de Ur de onde saiu Abraão.

O problema de usar o critério de quem chegou primeiro na terra também pode gerar dúvidas, pois apesar de os filisteus, antepassados dos atuais palestinos, habitarem naquela terra muito antes dos israelitas, é provável que outros povos tenham sido desalojados para os filisteus tomarem o seu lugar.

Se assim for, então os palestinos estão se baseando no argumento, não de quem estava primeiro na terra, mas de quem a conquistou. O problema é que, neste caso, o direito passou para os judeus atuais, que conquistaram a terra dos povos que os antecederam.

Se achar injusto, então terá de colocar em dúvida sua atual presença no Brasil, terra que pertencia originalmente aos índios. Se você for branco caucasiano, deve voltar para a Europa. Se for oriental, para o Oriente. Se for negro, descendente de um escravo trazido à força, deve voltar à África. Se os palestinos podem reivindicar que os judeus deixem a Palestina, os índios podem reivindicar que ingleses, espanhóis e portugueses (e os povos que vieram depois) deixem as Américas e voltem a seus lugares de origem.

Voltando ao caso dos judeus e palestinos, quem deve dar o "voto de Minerva"? Na minha opinião deve ser a Bíblia, e pela Bíblia ambos os povos estão errados em suas reivindicações. Os palestinos por exigirem uma terra que Deus claramente deu a Israel no passado. Os judeus por terem ocupado a terra em um espírito de rebelião e ainda culpados pela rejeição do Messias.

Mas obviamente nem judeus, nem palestinos, irão aceitar argumentos bíblicos neste caso. Por que não? Os judeus se baseiam no Antigo Testamento para fundamentarem seu direito à terra. Afinal, Deus a entregou a eles. Sim, mas se esquecem de que Deus ordenou que os povos que habitavam lá fossem todos expulsos, algo que os israelitas não fizeram com os filisteus.

Êxo 23:31 E porei os teus termos desde o mar Vermelho até ao mar dos filisteus, e desde o deserto até ao rio; porque darei nas tuas mãos os moradores da terra, para que os lances fora de diante de ti.
Êxo 23:32 Não farás concerto algum com eles ou com os seus deuses.
Êxo 23:33 Na tua terra não habitarão, para que não te façam pecar contra mim; se servires aos seus deuses, certamente será um laço para ti.

Ao invés de os israelitas obedecerem a Deus e expulsarem os filisteus da terra, na Bíblia e na história nós ora os vemos lutando contra os filisteus, ora fazendo acordos com eles. Os israelitas inclusive gostaram de suas mulheres e muitos se casaram com elas. Dalila provavelmente era do povo filisteu, pois era originária de suas terras (Vale de Soreque) e trabalhou a serviço dos filisteus para derrotar Sansão. Portanto, nenhum judeu contemporâneo pode reclamar da pedra no sapato que são os palestinos hoje.

Considerando que os palestinos de hoje são em sua maioria muçulmanos, e que os muçulmanos fundamentam boa parte de suas crenças no que Maomé extraiu do Antigo Testamento, eles ficam em uma situação semelhante à dos judeus. Se realmente acreditam no que está no Antigo Testamento, devem acreditar que Deus entregou a terra aos que são da linhagem de Abraão. Mas, assim como fazem os judeus, os palestinos fazem uma leitura seletiva adotando apenas aquilo que lhes interessar. A solução seria ambos os povos aceitarem o Antigo Testamento na sua totalidade.

E quem disse que os judeus não aceitam? Se aceitassem veriam que em Daniel 9 estava profetizado que 69 (7+62) semanas (de anos) depois da ordem para a reconstrução da cidade de Jerusalém, o Messias viria e seria tirado do mundo, vindo em seguida a destruição da cidade e do Templo.

Dan 9:26 E, depois das sessenta e duas semanas, será tirado o Messias e não será mais; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas assolações.

Qualquer estudante sincero das Escrituras saberá que em 445 A.C. Artaxerxes deu a ordem para reedificar a cidade (leia o livro de Neemias). A cidade e o templo foram reedificados naquela época, tendo sido destruídos no ano 70 D.C. Entre uma coisa e outra o Messias de Israel devia ter vindo ao mundo e sido tirado do mundo. A pergunta que um judeu sincero devia fazer é: Onde está o Messias? Quem será que veio aqui e foi embora na década de 30 do primeiro século e que poderia ser identificado como o Messias?

Os judeus não creem que Jesus foi o Messias que veio, mas também não conseguem fechar sua conta profética, pois entre a reconstrução e destruição de Jerusalém falta o Messias da profecia. Os palestinos, por sua vez, por crerem no Alcorão que não é nada original se comparado ao Antigo Testamento, também esperam por um Messias: o Mahdi. Então temos dois povos que creem numa mesma essência: a de que há um só Deus e que no final haverá um juízo, mas antes disso virá um Messias.

Voltando à Bíblia, e resumindo tudo, encontramos que os palestinos (filisteus) habitavam a terra da Palestina, Deus decidiu dá-la aos israelitas (é melhor não discutir com Deus), estes não foram fiéis em cumprir as ordens que Deus lhes havia dado em relação aos povos originais da terra, e atingiram o ápice de sua rebeldia ao condenarem à morte o Messias prometido. A Bíblia continua ensinando que no futuro a terra será efetivamente de Israel, quando Deus reunir o Seu povo na terra para Cristo reinar.

A questão é que Israel está na terra hoje de vontade própria, na sua incredulidade e rejeição contra o Messias. Por isso aquilo ali vai virar um banho de sangue e boa parte dos judeus que estão lá vai morrer antes que Deus efetivamente traga o Seu povo dos quatro cantos para habitar na terra prometida a Israel. Mas aí terá sido uma obra de Deus, e não uma decisão da ONU ou resultado dos esforços bélicos de uma nação rebelde e contumaz que teima em não reconhecer seu Messias.

Zac 13:8-9 E acontecerá em toda a terra, diz o SENHOR, que as duas partes dela serão extirpadas e expirarão; mas a terceira parte restará nela. E farei passar essa terceira parte pelo fogo, e a purificarei, como se purifica a prata, e a provarei, como se prova o ouro; ela invocará o meu nome, e eu a ouvirei; direi: É meu povo; e ela dirá: O SENHOR é meu Deus.

Enquanto isso, qualquer judeu ou palestino que crê em Jesus como seu Salvador, tem seus pecados perdoados, é salvo eternamente e passa a fazer parte da Igreja, que é o corpo de Cristo que reúne salvos de todas as tribos, povos e nações. Neste corpo todas as diferenças nacionais caem por terra, por tratar-se de cidadãos do céu, não da terra. Então, para alguém assim, seja judeu ou palestino, fica claro que toda a questão relacionada à terra perde o sentido.

P.S. Leia mais sobre a afirmação que fiz de serem os atuais Palestinos os descendentes dos Filisteus da antiguidade em "Os atuais palestinos são os filisteus da Bíblia?"

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Mario Persona é palestrante e consultor de comunicação, marketing e desenvolvimento profissional www.mariopersona.com.br. Não possui formação ou título eclesiástico e nem está ligado a alguma denominação religiosa, estando congregado desde 1981 somente ao Nome do Senhor Jesus. Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.
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