Acontece que ao longo da vida somos obrigados a engolir alguns sapos, e depois da conversão a manada de sapos parece aumentar (eu me converti aos 23 anos, há mais de 30 anos). Já tive empregos em que detestava fazer o que fazia, mas hoje, olhando para trás, vejo que Deus me queria ali naquele momento e situação, não apenas por causa de mim, mas talvez principalmente por causa das outras pessoas.
Lembre-se de que ao crer em Jesus você ficou numa situação parecida com a dos israelitas depois que cruzaram o Mar Vermelho: se encontraram em um deserto onde o único alimento com que podiam contar vinha do céu (maná) e a única água era a que saía da Rocha (figura de Cristo).
A insegurança nas coisas deste mundo (trabalho, família, estudos etc.) pode até aumentar, mas é importante lembrar sempre que o crente tem um destino eterno assegurado, e o mundo não. Quando cremos em Jesus como nosso Salvador, fomos perdoados de todos os nossos pecados e feitos aptos a estar na glória com Cristo. Não há posição mais privilegiada do que essa.
A maioria das pessoas com quem interagimos em nosso dia a dia ainda está nas trevas, lutando para sobreviver neste mundo porque isso é tudo o que elas têm. Não há qualquer lampejo de esperança ou livramento para elas e a vida é como uma contagem regressiva para a morte e o desconhecido. O medo da morte e do além as assola o tempo todo, e procuram encobrir isso com ações de coragem, auto-estima, inflando o ego, apegando-se às coisas materiais ou então partindo para religiões baseadas em motivação pessoal ou sacrifícios e boas obras. Procuram qualquer coisa que lhes dar uma sensação de que suas vidas não estão sendo em vão.
Olhe ao seu redor. Quantas pessoas você acha que compartilham da mesma certeza de vida eterna que você tem? Quantas podem dizer com certeza que se partirem deste mundo estarão imediatamente com Cristo na eternidade? Isto nos dá uma intrepidez que vai muito além da intrepidez que nos falta para lidarmos com as dificuldades de nossa vida neste mundo. O incrédulo precisa se agarrar com unhas e dentes ao trabalho e às suas metas passageiras como carreira, dinheiro, sucesso etc., para encontrar algum sentido na vida. Ele precisa de auto afirmação, já que não tem a Cristo. Nós já temos a promessa de vitória em Cristo e um lar reservado no céu.
Enquanto isso, Deus nos deixa aqui tanto para aprendermos mais do quanto precisamos dEle e do Seu cuidado, e também para servirmos de testemunho para as pessoas que nos cercam na família, escola ou trabalho (nem sempre pessoas agradáveis).
Quando sentir-se insegura, vacilante e com medo, olhe para Cristo, não para si mesma. Se olhar para si mesma irá desanimar. Se olhar para Cristo estará olhando para a ROCHA inabalável. É nEle que encontramos segurança, não em nós mesmos. Gosto de pensar na figura de uma âncora que fica firme na rocha no fundo do mar. Quem está no barco nada vê além da corda, por isso precisa crer que seu barco está ancorado.
Heb 6:18-20 Para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos a firme consolação, nós, os que pomos o nosso refúgio em reter a esperança proposta; A qual temos como âncora da alma, segura e firme, e que penetra até ao interior do véu, Onde Jesus, nosso precursor, entrou por nós, feito eternamente sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque.
Apesar de suas dificuldades, incertezas, fraquezas etc. certamente você não passou pelo que passou Jó. Seria interessante ler o livro de Jó, tendo em mente que ele passou por tudo aquilo sem ter lido os capítulos 1 e 2 de sua história, aqueles que se passam no céu e revelam a origem de seus sofrimentos. Jó só descobriu o que se passou no céu quando chegou lá, não antes. Há algum tempo li um livro muito bom comentando Jó, o nome é "Decepcionado com Deus", de Philip Yancey. Talvez encontre em alguma livraria ou na Internet.
Lembre-se de que, assim como Jó, vemos apenas parte de um processo. Além de não saber da conversa entre Deus e Satanás, que precedeu seu período de tribulação, Jó não era capaz de enxergar o que Deus tinha preparado para ele no final. Por isso desanimamos também, por não sabermos dos planos eternos de Deus, das razões das coisas etc. e por ficarmos concentrados em um ou dois ingredientes de nosso sofrimento.
Aqui vai uma receita: Farinha de trigo, óleo, sal e fermento são intragáveis ao paladar, mas quando colocados juntos, batidos, amassados e colocados no fogo, dão um delicioso pão. Assim é com os "ingredientes" de nossa vida aqui. São intragáveis quando engolidos separadamente, mas no final, depois do fogo de algumas provações, encontraremos o verdadeiro sabor que Deus tinha reservado para nós.
Rom 8:31 Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?
Rom 8:32 Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas?
Rom 8:33 Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica.
Rom 8:34 Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.
Rom 8:35 Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?
Rom 8:36 Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; Somos reputados como ovelhas para o matadouro.
Rom 8:37 Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou.
Rom 8:38 Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir,
Rom 8:39 Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.
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