http://youtu.be/P_CdVCoJR9g
Antes de mais nada é preciso deixar claro que Jesus não morreu do ferimento causado pela lança do soldado. Ele já estava morto quando a ponta da lança entrou no seu lado. Nem perca seu tempo acreditando em livros escritos por médicos ou documentários na TV que tentam explicar clinicamente a morte de Cristo. Sua morte ocorreu quando ele deu um brado e entregou o espírito, fazendo algo que homem algum tem poder de fazer, que é dar a própria vida, isto é, conjugar o verbo morrer na primeira pessoa e sem cometer suicídio. Os versículos a seguir mostram isso e a ordem dos eventos:
"Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai" (Jo 10:17-18).
"E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou" (Lc 23:46).
"Foram, pois, os soldados, e, na verdade, quebraram as pernas ao primeiro, e ao outro que como ele fora crucificado; Mas, vindo a Jesus, e vendo-o já morto, não lhe quebraram as pernas. Contudo um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água" (Jo 19:32-34).
Mas o que significam o sangue e a água que verteram do lado ferido de Jesus? Na Bíblia a água aparece várias vezes com o sentido de purificação e o sangue de vida. Não foi o suor de Jesus enquanto orava, que "tornou-se em grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão" (Lc 22:44), que nos purificou dos pecados. Também não foi o sangue vertido de suas costas afligidas pelos açoites, nem de sua testa ferida pelos espinhos, ou de suas mãos e pés perfurados pelos cravos. O sangue que saiu dessas feridas era o sangue de um Cordeiro vivo, portanto ainda não sacrificado. É o sangue de um Cordeiro morto, que saiu da ferida da lança do soldado, que nos purifica de todo pecado.
O ato do soldado mostra até onde a maldade humana é capaz de chegar, pois existe um consenso de que até nas guerras os corpos dos inimigos mortos devem ser tratados com respeito. Atacar um cadáver é revelar uma inimizade que vai além da vida; um ódio perpétuo contra o Filho de Deus. O soldado romano foi apenas um instrumento nessa expressão de ódio, pois a responsabilidade recairá no futuro sobre os judeus, dos quais é dito:
"A casa de Davi, e... os habitantes de Jerusalém... olharão para mim, a quem traspassaram" (Zc 12:10).
A água e o sangue que saem da ferida são os elementos que possibilitaram a salvação do homem. O sangue nos fala da expiação judicial dos pecados, pois "sem derramamento de sangue não há remissão [de pecados]" (Hb 9:22), e a água representa a purificação moral (Jo 5:3; Ef 5:26). 1 João 5 fala destes dois elementos associados ao Espírito como levando o testemunho de que Deus nos deu a vida eterna e esta vida está em Seu Filho. O sangue e a água saíram do corpo morto de Jesus, enquanto o Espírito foi derramado de um Cristo ressurreto e glorificado nas alturas. Apesar de não termos de nós mesmos vida, esses três elementos testemunham que temos vida eterna no Filho de Deus.
Mario Persona é palestrante e consultor de comunicação, marketing e desenvolvimento profissional (www.mariopersona.com.br). Não possui formação ou título eclesiástico e nem está ligado a alguma denominação religiosa, estando congregado desde 1981 somente ao Nome do Senhor Jesus. Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.)