https://youtu.be/hlB96Tvm6pw
Você perguntou se os 120 anos mencionados em Gênesis 6 seriam o limite de idade para os seres humanos viverem após o Dilúvio, e se esse limite continuaria valendo para hoje. Não, cento e vinte anos seria o tempo que Deus iria esperar para dar uma chance aos seres humanos de se converterem com a pregação de Noé antes de enviar o dilúvio que mataria a todos.
"Então disse o Senhor: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem; porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos". (Gn 6:3).
Como não houve arrependimento — ao contrário de Nínive, mais tarde, que se arrependeria mediante a pregação de Jonas — Deus enviou o dilúvio 120 anos depois de ter avisado Noé. Esse também foi o tempo dado para Noé ser o pregoeiro da justiça, avisando as pessoas do juízo que estava por vir, e ele fez isso pelo Espírito de Cristo, como aprendemos 1 Pedro 3:19 e 4:6. Vou acrescentar comentários [entre chaves] para você entender melhor o significado do texto:
"Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito; no qual [Espírito] também foi, e pregou [por intermédio de Noé] aos espíritos [agora] em prisão; os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas (isto é, oito) almas se salvaram pela água... Porque por isto foi pregado o evangelho também aos [que hoje estão] mortos, para que, na verdade, fossem julgados segundo os homens na carne, mas vivessem segundo Deus em espírito."
Ao comentar a passagem em que Deus dá 120 anos de prazo para os homens se converterem antes de lançar o dilúvio, William MacDonald comenta: "O Senhor avisou que Seu Espírito não contenderia com o homem para sempre, mas que haveria um atraso de cento e vinte anos antes de ocorrer o juízo do dilúvio". L. M. Grant tem a mesma opinião, dizendo: "Deus, por meio de Seu Espírito, tinha estado contendendo com os homens contra a pecaminosa vontade deles, as Sua paciência chegaria ao fim, embora Ele ainda iria permitir mais 120 anos antes de destruir a civilização". Outro que comenta algo semelhante é F. B. Meyer: "Mas o Espírito de Deus insistiu com o homem, e apesar de ter sido colocado um limite para Suas súplicas, Deus buscou homens com arrependimento sincero, até que o Seu Espírito Santo recebeu a negativa final e se afastou triste e desapontado. A postergação do juízo foi considerável. O Espírito de Deus aguardou por 120 anos".
Mais um comentário, de Geisler/Howe, diz: "A passagem entra em conflito com as idades das pessoas que viveram mais que 120 anos em Gênesis 11:12-16. Portanto, a ideia (da longevidade de 120 anos) eu acredito ser baseada numa má leitura ou má interpretação do texto. Os cento e vinte anos mencionados por Deus em Gênesis 6:3 não podem significar um limite para o tempo de vida de seres humanos, já que você encontra pessoas mais velhas que isso que são mencionadas alguns capítulos depois no livro de Gênesis, incluindo o próprio Noé. O significado mais provável é que o Dilúvio do qual Deus havia alertado Noé, não aconteceria até 120 anos após o aviso inicial dado a Noé. Isso é melhor explicado em 1 Pedro 3:20, onde lemos: "Os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca". Portanto, considerando o contexto da passagem de Gênesis 6:3 ele estaria bem conforme ao que encontramos no capítulo 11 do mesmo livro (que fala do tempo de vida de pessoas após o dilúvio)"
Mario Persona é palestrante e consultor de comunicação, marketing e desenvolvimento profissional (www.mariopersona.com.br). Não possui formação ou título eclesiástico e nem está ligado a alguma denominação religiosa, estando congregado desde 1981 somente ao Nome do Senhor Jesus. Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.)