https://youtu.be/l2oZNLt05Es
A passagem de sua dúvida é esta: "E o vulgo, que estava no meio deles, veio a ter grande desejo; pelo que os filhos de Israel tornaram a chorar, e disseram: Quem nos dará carne a comer? Lembramo-nos dos peixes que no Egito comíamos de graça; e dos pepinos, e dos melões, e dos porros, e das cebolas, e dos alhos. Mas agora a nossa alma se seca; coisa nenhuma há senão este maná diante dos nossos olhos. E era o maná como semente de coentro, e a sua cor como a cor de bdélio." (Números 11:4-7).
Ela pode indicar que eram egípcios e pessoas de outras nacionalidades que moravam no Egito e, depois das pragas, viram que Deus estava a favor dos israelitas. Outras versões dizem "o populacho", "a grande mistura de gente", "um grupo de pessoas", "estrangeiros", indicando que não eram israelitas. Considerando o tempo que os israelitas viveram no Egito é bem possível que tivessem simpatizantes, parentes e amigos entre os egípcios e também entre os povos estrangeiros que habitavam aquela nação. O Egito era uma nação cosmopolita, um verdadeiro caldo de povos e culturas, como são as grandes cidades do mundo.
À semelhança daqueles que atravessaram o mar aberto com os israelitas, mas não eram genuínos representantes do povo de Deus de outrora, hoje existem muitos que caminham juntamente com os cristãos por este deserto que é o mundo, mas estão nesta jornada por motivos diversos. Pode ser medo de ser condenado com o mundo, superstição, amizade com algum crente, interesse em alguma garota ou garoto, desejo de uma carreira eclesiástica pelo dinheiro e fama, status, busca por votos na carreira política, desejo de agradar um patrão crente, etc.
Estes são cristãos professos, apenas "da boca pra fora", e vivem misturados com verdadeiros. São joio no meio do trigo, que não têm uma nova vida, nem a salvação, nem qualquer apreciação por Jesus, aquele que disse "Eu sou o pão que desceu do céu." (João 6:41). O maná era uma figura de Cristo, e os que estão nessa jornada por puro interesse nenhum prazer encontram nesse Pão vindo do céu. Para esses Cristo não é apenas desinteressante, mas pode ser até intragável, como era para esses: "Coisa nenhuma há senão esse maná diante de nossos olhos", diziam eles, ou "a nossa alma tem fastio deste pão tão vil" (Nm 21:5). Eram esses que reclamavam, "Quem nos dará carne a comer? Lembramo-nos dos peixes que no Egito comíamos de graça; e dos pepinos, e dos melões, e dos porros, e das cebolas, e dos alhos. Mas agora a nossa alma se seca; coisa nenhuma há senão este maná diante dos nossos olhos." (Nm 11:4-6).
Se você estiver entre esse "vulgo" — se você for cristão apenas por amizade e interesse —, é melhor acordar para o fato de que sua jornada não terminará na "Canaã celestial", mas no lago de fogo. Você pode enganar a muitos, mas não a Deus, pois naquele dia você não terá desculpa nem argumento para ter rejeitado crer verdadeiramente no Salvador, e ficará mudo na presença do Rei que estará, não mais como o humilde Jesus que caminhou aqui, mas como Juiz, o Filho do Homem que há de julgar vivos e mortos.
"E o rei, entrando para ver os convidados, viu ali um homem que não estava trajado com veste de núpcias. E disse-lhe: Amigo, como entraste aqui, não tendo veste nupcial? E ele emudeceu. Disse, então, o rei aos servos: Amarrai-o de pés e mãos, levai-o, e lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes. Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos." Mateus 22:11-14
Mario Persona é palestrante e consultor de comunicação, marketing e desenvolvimento profissional (www.mariopersona.com.br). Não possui formação ou título eclesiástico e nem está ligado a alguma denominação religiosa, estando congregado desde 1981 somente ao Nome do Senhor Jesus. Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.)