https://youtu.be/bebGdh2_WT4
Você perguntou se somente um governante que siga a lei e os mandamentos de Deus pode ser considerado ministro de Deus e revestido de autoridade delegada por Deus conforme o ensino de Romanos 13. Não, todo governante é ministro de Deus, e isso não depende de sua condição moral ou religiosa. É Deus quem determinou isso. Imagine a bagunça que seria um guarda de trânsito mandar você parar e, antes de obedecê-lo, você gritar pela janela do carro: "Prove que você é ministro de Deus para eu saber se devo lhe obedecer ou não; recite os Dez Mandamentos!".
"Toda a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus. Por isso quem resiste à potestade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação. Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a potestade? Faze o bem, e terás louvor dela. Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal. Portanto é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência. Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo." (Rm 13:1-6)
Se apenas as autoridades sujeitas a Deus e obedientes à sua vontade fossem realmente ministros de Deus, ou autoridades revestidas por Deus de poder para governar, Pilatos devia ter sido um homem muito santo e piedoso, mas sabemos que ele estava longe de ser assim. Todavia, o próprio Jesus afirmou que o poder ou autoridade que Pilatos tinha até mesmo para mandar crucificar o Filho de Deus tinha lhe sido dados do alto, ou seja, do próprio Deus.
"Disse-lhe, pois, Pilatos: Não me falas a mim? Não sabes tu que tenho poder para te crucificar e tenho poder para te soltar? Respondeu Jesus: Nenhum poder terias contra mim, se de cima não te fosse dado" (Jo 19:10-11).
Portanto é errado cristãos quererem impor um comportamento cristão nas nações deste mundo, pois o cristão é um estrangeiro e não se pode exigir que os governantes sejam cristãos por decreto. Até mesmo o Israel da antiguidade perdeu o direito a ser uma teocracia por causa de sua desobediência. Deus tirou o poder civil deles e entregou aos gentios e isso vai ser assim até Cristo voltar para estabelecer seu reino. Quando Jesus esteve aqui o poder já não estava nas mãos dos reis de Israel, e sim nas mãos de César. Herodes era um fantoche dos romanos e nem sequer era israelita, mas idumeu.
Muito antes dos tempos Israel havia perdido o poder civil de ser cabeça das nações, e tinha se transformado em cauda. Deus havia deixado a eles só deixou o poder religioso por meio dos sacerdotes, aos quais o próprio Jesus ordenava que as pessoas se submetessem, mas que depois também seriam deixados de lado com o advento da Igreja. Até mesmo os profetas de Israel, que eram a terceira via de autoridade no judaísmo (antigamente governados pela autoridade civil, religiosa e profética) desapareceram, tendo sido João Batista o último grande profeta.
Mario Persona é palestrante e consultor de comunicação, marketing e desenvolvimento profissional (www.mariopersona.com.br). Não possui formação ou título eclesiástico e nem está ligado a alguma denominação religiosa, estando congregado desde 1981 somente ao Nome do Senhor Jesus. Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.)