https://youtu.be/G2uEYSx5SSM
Você sentiu-se indignada quando visitou uma reunião de irmãos congregados somente ao nome do Senhor e não foi convidada a participar do pão e do vinho, como teria acontecido em alguma denominação que costuma frequentar. Sua reação até um pouco tempestiva foi: "Porque não me passaram o pão e o vinho na hora da ceia? Será que não me consideram digna de participar?".
Sempre que alguém vai pela primeira vez a uma reunião da ceia do Senhor procuro explicar que ali participam do pão e do vinho irmãos que são conhecidos e que já foram antes examinado quanto à não existência de pecados graves que desonrem a Cristo no sentido moral e doutrinário. Depois de algum tempo de conversas e trocas de impressões a pessoa é alegremente recebida à comunhão à mesa do Senhor para participar da ceia do Senhor.
Mas é difícil uma pessoa religiosa entender que devemos seguir o que diz a Bíblia, e não os costumes introduzidos pelas religiões. Veja que é preciso enxergar os dois lados da moeda e certamente você deveria também ser criteriosa ao comer a ceia ao lado de pessoas desconhecidas. Em 1 Coríntios 5, depois de repreender os cristãos de Corinto por estarem comendo lado a lado com um homem que dormia com a madrasta, Paulo advertiu:
"Já por carta vos tenho escrito, que não vos associeis com os que se prostituem; isto não quer dizer absolutamente com os devassos deste mundo, ou com os avarentos, ou com os roubadores, ou com os idólatras; porque então vos seria necessário sair do mundo. Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais." (1 Co 5:9-11).
Se naquela época já era temeroso comer com alguém que se dizia irmão sem se certificar de sua condição moral, o que dizer de nossos dias, quando o mal impera na cristandade e pode-se aplicar a ela o que Paulo falou dos judeus em seu descuido para com as coisas de Deus: "Porque, como está escrito, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por causa de vós." (Rm 2:24). Ligue o rádio ou a TV e se você for uma pessoa sensata saberá do que estou falando. O que mais se vê hoje na mídia são estelionatários travestidos de pastores evangélicos se aproveitando da fragilidade psicológica das pessoas para manipulá-las e aplicar seus golpes.
Será que você iria querer participar de uma ceia ao lado de pessoas assim, fossem elas os lobos que enganam ou os pobres incautos que são enganados? Certamente você iria querer primeiro sentir a temperatura da água antes de mergulhar nela ou a consistência do solo antes de pisar ali. Você não iria querer descobrir tarde demais que estava comendo com quem é "devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador" (1 Co 5:11), não é mesmo?
Alegar que Jesus comia com pecadores não vale, porque ele fazia isso para salvar pecadores, não para ter comunhão com eles em seus pecados. E os que se sujeitavam a se aproximar dele eram pecadores contritos, arrependidos, cansados de pecar, e não religiosos altivos e cheios de justiça própria que se consideravam donos de ilibada reputação.
Então entenda que o cuidado com a mesa do Senhor é uma avenida de duas vias. Porque a mesa é do Senhor, e não nossa, a assembleia precisa primeiro conhecer a pessoa recém chegada para certificar-se de que não seja alguém vivendo em pecado moral, professando doutrinas que denigram a Pessoa e divindade de Jesus, ou que estejam em alguma lista de procurados pela polícia por pedofilia, tráfico de drogas e pessoas, corrupção etc. Por outro lado, a pessoa recém chegada que está apenas visitando, neste caso você, precisa conhecer quem são aquelas pessoas para ter certeza de não estar participando de algo que desonre seu Senhor e comprometa seu próprio testemunho.
Vale lembrar que o mesmo cuidado se aplica à coleta que costuma ser feita após a ceia. Os visitantes não participam, porque não temos como verificar se aquele desconhecido que acaba de entrar no recinto não está ali querendo apenas lavar o dinheiro que ganhou com a corrupção ou livrar-se do fruto de um assalto ou de dinheiro ganho com tráfico. Alguns pastores e igrejas se enrolaram com a Polícia Federal por não saberem explicar como cheques de quantias milionárias foram recebidas de pessoas envolvidas com crimes.
Da mesma forma, aquele que visita deve ter cuidado de querer logo ofertar sem antes em qualquer lugar sem antes certificar-se de não estar ajudando a sustentar o luxo de algum pregador milionário e estelionatário.
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http://www.respondi.com.br/2013/08/por-que-nao-posso-ofertar.html
por Mario Persona
Mario Persona é palestrante e consultor de comunicação, marketing e desenvolvimento profissional (www.mariopersona.com.br). Não possui formação ou título eclesiástico e nem está ligado a alguma denominação religiosa, estando congregado desde 1981 somente ao Nome do Senhor Jesus. Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.)