https://youtu.be/EdhM572IQwQ
Sua dúvida é se seria pecado matar insetos, mas será que você perguntaria isso segurando um espetinho de camarão? Não que o camarão seja classificado como inseto, mas até que ele é bem parecido com um gafanhoto que aprendeu a nadar. Muitas pessoas matam e comem camarão, mas na Lei dada a Moisés curiosamente o camarão era considerado impuro e proibido na alimentação. Por outro lado, o gafanhoto, o grilo e outros primos podiam muito bem ser mortos e ir para a panela e dali para o estômago de um israelita. João Batista era um que se alimentava de gafanhotos e mel, além de se vestir de uma roupa feita com pelos de camelo amarrada na cintura por um cinto de couro. Alguns insetos e animais precisaram ser mortos para isso.
Tudo foi criado em função do homem, então matamos animais e insetos para comer, fabricarmos roupas com sua pele ou couro, ou para nos defendermos deles. Existem insetos úteis à vida na terra, como as abelhas que são essenciais à polinização (pergunte ao evolucionista quem evoluiu primeiro, a planta ou a abelha), mas mesmo abelhas precisam ser mortas quando atacam o homem. Para João Batista ter mel para comer ele precisava destruir a colmeia, que era como se fazia antigamente e ainda se faz entre os índios. Portanto Deus deu ao ser humano o discernimento de saber como domesticar, matar e usar os insetos e outros seres vivos.
Hoje temos muitos alimentos que só podem existir graças à habilidade humana de livrar as lavouras dos insetos nocivos e domesticar bactérias para trabalharem para proveito do homem na produção de pães, queijos, tofu, vinhos, cervejas, antibióticos, limpeza etc. Nos laboratórios de medicina e criminalística as formigas, que em outros lugares podem ser uma praga, são funcionárias ativas trabalhando na limpeza de ossos.
Se você já experimentou a maciez de uma roupa de seda pura sabe a utilidade daquela lagarta asquerosa que se alimenta de folhas de amoreira. Agora os cientistas tentam aprender com as aranhas a produzir um fio com a resistência da teia. Apenas o grafeno, material descoberto pelo homem, ganha do fio da aranha em resistência. O fio da aranha é cinco vezes mais resistente que um fio de aço da mesma espessura e pode ser esticado quatro vezes o seu tamanho sem se romper, e já existem experiências com grafeno misturado na água das aranhas para tornar suas teias ainda mais resistentes.
Mas assim como existem os insetos, peixes e animais "do bem", existe também um batalhão de seres "do mal" tentando nos eliminar. Em seu organismo seus leucócitos (glóbulos brancos) estão em uma batalha constante contra os micro-organismos invasores. Quando você corta o dedo e depois vê sair pus está vendo o resultado de uma sangrenta batalha entre o bem e o mal. Portanto ainda que você seja terminantemente contra matar qualquer animal, inseto ou bactéria é melhor combinar isso com seus leucócitos porque parece que eles não têm a mesma opinião.
Se eles entrassem em greve quem morreria seria você e os micro-organismo teriam vencido a guerra, enviando seu corpo para ser alimentado por outros micro-organismos neste mundo onde se correr o bicho pega e se ficar o bicho come. Por isso é tão absurda a ideia de alguns de acharem que podem sobreviver sem ser às custas do sacrifício de algum animal, inseto ou micro-organismo. Até os vegetais precisam morrer para garantirem a sobrevivência do homem.
Na Índia existe até uma seita religiosa, o jainismo, que leva à enésima potência o que acham ser uma forma de respeito a todos os seres vivos. Eles examinam cuidadosamente a comida para evitar engolir sem querer algum ser vivo. Não posso afirmar, mas acredito que a goiaba não seja afruta predileta deles, pois seria terrível para a consciência de um jainista encontrar meio bicho de goiaba na fruta que estava comendo. Alguns chegam ao extremo de caminhar varrendo o chão à sua frente para evitar pisar numa formiga, ou cobrem a boca com um lenço para evitar engolir mosquito.
Este é o típico caso de pessoas que Satanás leva literalmente a coar o mosquito e engolir o camelo, e mesmo assim os turistas ocidentais que viajam à Índia acham isso muito lindo. O austríaco Adolph Hitler achou tudo tão lindo que até copiou dos jainistas a suástica para as bandeiras do nazismo.
Antes de minha conversão a Cristo em 1978 eu era tiete de gurus de religiões orientais, e hoje sei bem quem está por detrás dessas religiões orientais e dos cultos pagãos que escravizam milhões ao redor do mundo. Suas doutrinas, como evolucionismo, reencarnacionismo, vegetarianismo, xamanismo, esoterismo e outras acabaram respingando no Ocidente e influenciando a cultura, ciência e religião.
Antes de minha conversão a Cristo fui um macrobiótico e vegetariano fanático, embora a vertente macrobiótica que adotei seguia um vegetarianismo seletivo, pois permitia comer peixes e lácteos. Eu tentava convencer todo mundo de que não precisamos matar animais para sobreviver, e obviamente não conhecia a passagem de Gênesis 9 em que Deus liberou os animais para servirem de alimento para o homem. "Tudo quanto se move, que é vivente, será para vosso mantimento; tudo vos tenho dado como a erva verde". (Gn 9:3).
Hoje existem religiões que se denominam cristãs e obrigam seus seguidores a serem vegetarianos, mas isso é uma grande ilusão. Seria muito difícil viver na sociedade atual sem sacrificar animais. Você teria de começar viajando a pé para nenhum inseto ser assassinado pelo para-brisa de seu carro, ônibus ou avião. Também teria de viver sem tomar banho para salvar as bactérias que exterminamos com sabonetes, desinfetantes e antibióticos.
Quem se diz vegetariano na realidade não é, e quem faz campanha contra o uso de animais na indústria farmacêutica não irá querer deixar seu filho morrer se for picado por uma cobra, mordido por um cachorro louco ou as duas coisas juntas. Ele irá agradecer a indústria farmacêutica que torturam sistematicamente cavalos com aplicações regulares de veneno de cobra. O soro antiofídico é produzido com sangue de cavalo tornado resistente ao veneno depois de suar muito. Também agradecerá os cientistas que esmagam cérebros de ratos de laboratório, previamente infectados com o vírus da raiva, para produzir o soro antirrábico que irá salvar a vida de seu filho mordido por um cachorro louco.
Quem jura de pés juntos nunca sacrificar um animal precisará contratar um matador profissional para fazer isso, caso tenha problemas com suas válvulas de coração e precise de um transplante usando válvula de porco. Ele é o animal com o organismo mais parecido com o humano, mas não precisa achar que é antropofagia comer bacon. Em nossa sociedade moderna o porco invadiu a vida até do mais fanático vegetariano diabético, pois foram esses animais que ofereceram seus pâncreas para salvar muitas vidas. A até meados da década de sessenta era dali que vinha a insulina que salvava os diabéticos, antes de descobrirem como podia ser feita sintética.
Independente de sua escolha dietética, todo cidadão moderno consome em maior ou menor grau derivados de suíno, quando compra lápis de cera, sorvete, sabão, cera para pisos, cosméticos, válvulas de coração, adesivos, gelatina, balas de goma, chiclete, xampu, marshmallow, creme dental, iogurte, colágeno e fertilizantes. Isso sem falar nas cápsulas de gelatina que contém os complementos vitamínicos que compra na loja de alimentos "puramente" vegetarianos, e também no couro de porco da bolsa, carteira, calçado, direção, painel e banco de seu carro.
Quando Noé saiu da arca, Deus lhe deu todos os animais como alimento. Obviamente para isso ele precisaria matá-los, portanto não há nada de errado em matar animais para alimentar o homem ou servir para sua sobrevivência, como é o caso das válvulas de coração e outras partes que hoje são extraídas de porcos e implantadas em seres humanos.
O discurso de proteger a vida a qualquer custo é romântico mas volto a dizer que fico do lado de Deus neste assunto. Neste mundo não são apenas animais que sofrem e não preciso explicar a razão. Deus deu ao homem o domínio sobre os animais e quem for cruel ao exercer esse domínio terá de prestar contas a ele. Mas a opção de simplesmente parar de matar animais para viver num idílico "Imagine" de Lennon simplesmente não funcionaria. Me perdoe a comparação, mas seria matar a vaca para acabar com o carrapato.
Eu mesmo mergulhei de cabeça numa filosofia centrada numa dieta (que nenhum macrobiótico chamaria de dieta) porque fui seduzido por aquilo. Era uma dieta pobre em proteína animal, porém rica em idealismo, e me levava a acreditar que o mundo fosse fácil de ser compreendido quando reduzido ao dualismo Ying-Yang. Na época essas duas forças acabaram sendo o meu deus e a razão de meu viver. A cada bocado eu analisava se aquele arroz integral do tipo cateto era mais Yang que o de sequeiro, mais comprido, portanto Ying. Até a maneira de se cortar um legume podia influir em seu teor de Ying ou Yang. Deixar mais tempo no fogo a tornava mais Yang, desde que não se transformasse em cinza cheia de potássio que é Ying.
Tratava-se de uma filosofia tão boa para ser verdade que na minha cabeça só podia ser verdade, bem ao estilo do discurso de Goebbels, que numa tradução livre ficaria mais ou menos assim: "Se contar um mentira, conte uma mentira grande porque assim ninguém irá acreditar que você teria coragem de mentir tanto que acabará acreditando em sua mentira".
Quando você mergulha em alguma religião ou filosofia dessas acaba se sentindo superior e singular, portanto ainda que vá emagrecer se for algo como macrobiótica, acabará engordando seu ego que causará uma violenta cegueira para enfrentar a realidade. Esse é o mesmo vírus que infecta os defensores de teorias conspiratórias, que faz você se sentir como quem sabe de coisas que ninguém mais sabe, além de poder sentir-se incluído numa restrita comunidade dos que pensam igual a você.
A questão do não matar os pobres animais acrescenta uma falsa moral à dieta, o que também faz você sentir-se superior aos cruéis assassinos de animaizinhos indefesos. Indefesos só para quem nunca se viu cara a cara com um búfalo africano, nunca caiu num tanque de ariranhas e nem foi perseguido por um bando de javalis ou picado por uma cascavel.
Não se pode negar que uma dieta menos sanguinolenta seja mais saudável, pois todo vegetal traz a etiqueta "Zero Colesterol". Mas quando uma pessoa decide se abster de carne ou insetos em sua dieta essa opção é pessoal e de maneira alguma se sustenta biblicamente. Quando um vegetariano radical tem seus olhos abertos descobre que também é um exterminador da vida animal. Ele manda para a forno crematório milhares de bactérias para serem queimadas vivas quando assa seu pão de trigo integral.
Portanto, nada de errado em se adotar uma alimentação que evite sacrificar animais, mas o que não se pode afirmar é que não matar animais é a maneira correta de se agir, porque se assim fosse Deus estaria errado. Na Lei que deu a Israel existem várias passagens explicando as carnes que os israelitas podiam ou não comer. "Conforme a todo o desejo da tua alma, matarás e comerás carne, dentro das tuas portas, segundo a bênção do Senhor teu Deus, que te dá em todas as tuas portas; o imundo e o limpo dela comerá, como do corço e do veado" (Dt 12:15).
Não se esqueça de que, após o ser humano pecar, um animal inocente pagou por isso com sua própria vida, e quem o matou foi Deus. Ele fez isso para, com sua pele, vestir Adão e Eva numa alusão ao dia em que entregaria o seu Cordeiro para ser morto. Será que se você fosse Adão teria dito: "Senhor, que crueldade, não mate o pobre animalzinho. Vamos adotar uma forma mais 'green' de resolver a situação. Vamos fazer cinturões de folhas de figueira...". Mas espere aí! Foi justamente o que Adão e Eva fizeram e mesmo assim não adiantou!
"E fez o Senhor Deus a Adão e à sua mulher túnicas de peles, e os vestiu." (Gn 3:21).
Mario Persona é palestrante e consultor de comunicação, marketing e desenvolvimento profissional (www.mariopersona.com.br). Não possui formação ou título eclesiástico e nem está ligado a alguma denominação religiosa, estando congregado desde 1981 somente ao Nome do Senhor Jesus. Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.)