https://youtu.be/qi6rs8Sa6CQ
Você perguntou como eu poderia afirmar que as coisas que Jesus diz nos evangelhos seriam para Israel e não para a Igreja. É claro que muitos dos princípios morais ensinados nos Evangelhos fazem parte da doutrina de Cristo, e servem também para a Igreja. Mas repare que mesmo a doutrina de Cristo traz princípios elementares que o escritor de Hebreus prefere deixar de lado para tratar de coisas mais avançadas e dirigidas à Igreja.
Estou me referindo a Hebreus 6:1-3 que diz: "Por isso, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até à perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e de fé em Deus, e da doutrina dos batismos, e da imposição das mãos, e da ressurreição dos mortos, e do juízo eterno. E isto faremos, se Deus o permitir.". Esses "rudimentos" coincidiam com o que o Antigo Testamento ensinava aos judeus e Cristo também ensinou.
Nos Evangelhos o Senhor veio para o que era seu, o povo judeu, que não o recebeu. Ele então revelou muitas coisas que iriam acontecer, principalmente conectadas à sua rejeição e ao futuro do remanescente judeu fiel que, à semelhança daqueles que o haviam recebido quando veio aqui, iria esperar por ele quando viesse para reinar no futuro. Mas entre uma coisa e outra Jesus revela em Mateus 16 que edificaria a sua Igreja, uma promessa ainda futura em relação àquele momento.
Mas o versículo que me vem à mente e indica claramente que existem duas classes distintas de pessoas mencionadas nos Evangelhos: Os discípulos de Jesus que representam o remanescente de judeus fiéis que irá esperar pelo Messias, e também a Igreja, que seria formada a partir de Atos 2 de judeus e gentios que teriam o Espírito Santo habitando em si e formariam a Noiva do Cordeiro.
No capítulo 12 de Lucas o Senhor menciona várias coisas relacionadas à vigilância, as quais são profeticamente dirigidas ao remanescente judeu que estará passando pela grande tribulação depois que a Igreja já tiver sido arrebatada para o céu.
Embora o sentido moral do que ele diz também possa valer para o cristão deste período da Igreja na terra, a fim de estar sempre atento ao Senhor que pode vir buscá-lo a qualquer momento, seu discurso não é especificamente dirigido à Igreja, e uma frase revela isso no versículo 36:
"E sede vós semelhantes aos homens que esperam o seu senhor, quando houver de voltar das bodas, para que quando vier, e bater, logo possam abrir-lhe." (Lc 12:36).
Repare que o Senhor do servo estará voltando de um casamento, portanto só pode ser uma referência às bodas do Cordeiro que acontecerão no céu, quando a noiva, a Igreja, já tiver sido levada para lá no mínimo sete anos antes da vinda de Cristo para reinar sobre este mundo.
Portanto o Senhor levará a Igreja para o céu, se casará com ela e então voltará para julgar as nações e salvar o remanescente judeu que se converterá no período de sete anos entre o arrebatamento e a vinda de Cristo. Esses judeus deverão vigiar enquanto esperam, que é o que Jesus está ensinando no capítulo 12 de Lucas, para não serem surpreendidos pela vinda como se fosse um ladrão.
Mario Persona é palestrante e consultor de comunicação, marketing e desenvolvimento profissional (www.mariopersona.com.br). Não possui formação ou título eclesiástico e nem está ligado a alguma denominação religiosa, estando congregado desde 1981 somente ao Nome do Senhor Jesus. Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.)