https://youtu.be/ItkHV8dxb-g
Você me enviou uma mensagem dizendo o seguinte: "Sendo Deus um de Deus de amor, será que ele é capaz de tirar uma vida, conforme o ocorrido com a vereadora, para servir de exemplo ou até comover a sociedade em geral de forma que as autoridades tomem medidas mais severas contra o crime? Um irmão afirmou que Deus não poderia estar agindo dessa forma por ser um Deus de amor, e que Bíblia diz que Deus não deseja o mal para a humanidade, e que o ocorrido foi por influencia do inimigo.".
Apesar de muita gente achar que tudo de bom vem de Deus e tudo de ruim vem do diabo, é preciso entender que Deus pode usar de coisas doídas e difíceis de engolir para trazer bênção aos que lhe pertencem. Não são assim as injeções e remédios que tomamos para nosso bem? Foi assim com Jó, que sofreu nas mãos do diabo mas só depois de Deus ter permitido que este lhe tirasse tudo o que tinha e também sua saúde. Foi assim com José, no Egito, que Deus permitiu que seus irmãos lhe vendessem como escravo mas por ter um propósito de bênção no final.
No final de sua provação, foi assim que Jó e José regira, respectivamente, a todo o sofrimento que experimentaram. Jó disse a Deus "Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem." (Jó 42:5), e José, a seus irmãos temerosos de algum tipo de revanche, "Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem, para fazer, como vedes agora, que se conserve muita gente em vida. Não temais, pois; eu vos sustentarei a vós outros e a vossos filhos." (Gn 50:20-21).
Portanto evite julgar o romance antes de ser sua última página, ou o o filme antes de ver sua última cena. Deus pode sim usar Satanás, o inimigo de nossas almas, para determinadas ações visando um propósito, como fez com Jó e José, mas crimes como este e outros acontecem todos os dias e não cabe a nós tentar entender as razões. Enquanto a morte de uma vereadora pode aparecer nas primeiras páginas dos jornais e causar grande comoção, passeatas, protestos etc., outras vidas preciosas aos olhos de Deus são perdidas todos os dias sem grandes impactos na sociedade.
É o caso de Anderson, o motorista da vereadora, o qual deixa esposa e um filho pequeno necessitado de cirurgias e tratamento por ter nascido com uma má formação. Uma médica morta por assaltantes na mesma semana no mesmo Rio de Janeiro também não foi motivo de manifestações, embora estivesse empenhada em curar e salvar vidas. Por isso é sempre prudente não correr fazendo julgamentos precipitados, porque apesar de o mundo jazer no maligno, Deus tem um propósito em cada morte que ele permite, ainda que dificilmente venhamos a descobrir aqui que propósito foi esse.
Quanto à sua ideia de que isso aconteceu para Deus mover as autoridades para tomarem medidas contra o crime, eu não acredito que seja o caso. As autoridades continuarão indo de mal a pior em um mundo que caminha para sua total destruição por ter crucificado o Senhor da glória quando esteve aqui. O que você poderia esperar de um mundo tão criminoso quanto este que foi capaz de condenar à morte, com requintes de crueldade, o Filho de Deus? E olhe que ali naquela cena no Gólgota não era este ou aquele o culpado, mas todos os seres humanos eram representados na crucificação de Jesus.
Se ler o capítulo 23 de Lucas verá que a religião oficial e o estado estiveram de mãos dadas na prisão e condenação de Jesus, pois os sacerdotes judeus tomaram a iniciativa e as autoridades civis nada fizeram para impedir aquele linchamento público. Naquilo que se transformou em espetáculo, "as autoridades zombavam... os soldados o escarneciam... os malfeitores crucificados blasfemava". Para dar um caráter universal ao evento, Pilatos mandou pregar sobre a cruz uma placa em três idiomas, o hebraico do poder religioso, o latim do poder secular e o grego do poder cultural e comercial.
O mundo ficou entregue à própria sorte quando os homens rejeitaram a Cristo. O próprio Senhor deixou claro que não estava nem um pouco interessado em um mundo mais justo e pacífico, pois isso ele irá fazer quando voltar para julgar as nações, como prometeu no capítulo 25 de Mateus. E não se iluda achando que Jesus intercede pelo bem moral, religioso, político e social deste mundo porque ele deixou bem claro que voltou suas costas açoitadas pelos soldados romanos para esta sociedade corrupta da qual todos fazemos parte. Em sua despedida deste mundo ele disse claramente:
"Eu rogo por eles [os discípulos]; NÃO ROGO PELO MUNDO, mas por aqueles que me deste, porque são teus." (Jo 17:9).
Portanto se você está orando por um mundo melhor, saiba que está sozinho em sua oração porque não pode contar com o Senhor ao seu lado. Você deve sim orar pela conversão das pessoas e também pelo bem estar de seus irmãos enfermos ou perseguidos, mas não pelo mundo de modo geral, pois estará orando para o governo usurpador de Satanás, o atual príncipe do mundo, ser bem sucedido.
Por ter rejeitado a Cristo e adotado um usurpador por príncipe o mundo segue, como costumamos dizer, "do jeito que o diabo gosta", e a única salvaguarda para qualquer um está em crer no Senhor Jesus e esperar por sua vinda para arrebatar daqui os que são seus, ou ir para junto dele se a morte chegar antes. E se chegar, aí sim podemos dizer que Deus levou a pessoa com uma razão, seja para discipliná-la por um comportamento inadequado para quem professa ser cristão, como faz um professor quando expulsa o aluno da sala. Um salvo por Cristo pode ser retirado prematuramente desta vida através da morte para isso servir de testemunho a outros ou porque sua carreira aqui terminou.
Eu espero que a vereadora e seu motorista, que foram assassinados, tenham crido em Jesus como Salvador, porque isto é o que fará para eles toda a diferença. No momento em que o espírito e a alma deles deixou seus corpos, tudo neste mundo deixou de fazer sentido. Partidos políticos, ideologias, ações de combate ao crime, direitos humanos, nada disso faz sentido para quem foi tirado deste mundo que um dia rejeitou o Senhor e que só irá piorar cada vez mais, a despeito de todas as boas intenções dos que tentam pintar de cores alegres este grande Titanic que é o mundo.
O autor de Eclesiastes entendeu bem a finitude da vida neste mundo, pois ali ele escreve das coisas "debaixo do sol", ou seja, exclusivamente do ponto de vista da terra. Eclesiastes não é um livro espiritual, pois fala só da matéria, dos costumes e da vida terrestre. Por isso é também um livro melancólico e nem um pouco motivacional, pois trata da realidade das coisas "debaixo do sol", bem diferentes das coisas que você lê em Efésios, Filipenses e Colossenses, onde o crente é apresentado à realidade da vida no céu.
"Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, mas a sua memória fica entregue ao esquecimento. Também o seu amor, o seu ódio, e a sua inveja já pereceram, e já não têm parte alguma para sempre, em coisa alguma do que se faz debaixo do sol." (Ec 9:5-6).
Salomão, o autor de Eclesiastes, experimentou toda sorte de poder e prazeres terrestres, chegando à conclusão que a vida aqui não passava de cansaço e enfado. Depois de peregrinar por muitos pecados da carne podemos considerar o livro de Eclesiastes a sua confissão de que nada encontrou "debaixo do sol". Mas quando vamos para as epístolas somos consolados e animados com a visão do que nos espera acima do sol, no mesmo céu onde Jesus está agora ressuscitado e glorificado à destra da Majestade nas alturas.
"Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo... Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas... Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor... Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra; porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus. Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em glória. (Ef 1:3; Fp 3:20-21; Cl 3:1-4).
Se a vereadora e seu motorista creram antes no Salvador, ou até mesmo no último suspiro de seus finais estertores antes que rompesse "o cordão de prata", que mantém unidos o espírito e alma ao corpo, antes que se quebrasse "o copo de ouro, e se despedace o cântaro junto à fonte, e se quebre a roda junto ao poço" (porque a salvação se recebe em vida, e não depois da morte), eles agora estarão no gozo da presença de Cristo, um lugar de acolhimento como aquele que o Senhor chamou de "seio de Abraão" (Lc 16:22), linguagem que os judeus entenderiam e significava a paz e o descanso que Lázaro havia encontrado.
Não me venha algum religioso dizer que alguém que não ia à igreja ou vestia um certo tipo de roupa ou adotasse uma certa conduta de vida ou que tivesse opiniões contrárias à Palavra de Deus não poderia ser salvo no último instante. Se você é dos que pensam assim deve ser também dos que chamam ao malfeitor que se converteu na cruz de "Bom Ladrão". Você já foi assaltado por um bom ladrão? Levou tiro de um bom assassino? Foi enganado por um estelionatário do bem? Então aceite de uma vez por todas "que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores", como o bandido arrependido ao lado de Jesus na cruz, ou até pessoas piores do que ele, como Saulo, o perseguidor e matador de cristãos, já que o próprio dizia ser, dentre os pecadores, "dos quais eu sou o principal." (1 Tm 1:15).
Para um crente a morte pode significar diferentes coisas. Uma, que ele estava andando de maneira tão ruim que não servia mais como um testemunho para Deus neste mundo, e assim Deus o tirou daqui. É o que a Bíblia chama de "pecado para morte", e fala de morte do corpo, não morte espiritual. "Se alguém vir pecar seu irmão, pecado que não é para morte, orará, e Deus dará a vida àqueles que não pecarem para morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que ore." (1 Jo 5:16). Era o que estava ocorrendo entre os coríntios por causa do desprezo com que tratavam a ceia do Senhor:
"Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice. Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor. Por causa disto há entre vós muitos fracos e doentes, e muitos que dormem. Porque, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. Mas, quando somos julgados, somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo." (1 Co 11:28-32).
O "pecado para morte" também ocorria na época apostólica por determinação dos apóstolos, que tinham o poder e autoridade de entregar a Satanás um crente que insistisse no erro. Foi o que aconteceu com Ananias e Safira em Atos, e poderia ter acontecido também com o homem de 1 Coríntios 5 que estava dormindo com a madrasta, e com blasfemos como Himeneu e Alexandre.
"Eu, na verdade, ainda que ausente no corpo, mas presente no espírito, já determinei, como se estivesse presente, que o que tal ato praticou, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, juntos vós e o meu espírito, pelo poder de nosso Senhor Jesus Cristo, seja entregue a Satanás para destruição da carne, para que o espírito seja salvo no dia do Senhor Jesus." (1 Co 5:3-5).
"Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus. E Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e expirou. E um grande temor veio sobre todos os que isto ouviram." (At 5:3-5).
Em outra carta Paulo escreveu: "E entre esses foram Himeneu e Alexandre, os quais entreguei a Satanás, para que aprendam a não blasfemar." (1 Tm 1:20).
Além de uma morte prematura que Deus permite a um crente por causa de pecado, ela pode também acontecer porque Deus quer usar a morte daquela pessoa para tocar o coração de outras, como fez com Estêvão. Mas é importante entender que estamos falando de mártires que morreram por sua fé, e não por algum tipo de militância ou participação política. Existem relatos de muitos muçulmanos que se converteram no Oriente Médio depois de observarem o testemunho dos que morriam por sua fé nas mãos dos terroristas do ISIS. O testemunho de Estêvão em sua morte deve ter servido para esse intento, ou pelo menos para colocar uma pulga atrás da orelha de Paulo, que assistiu à execução.
"Mas eles gritaram com grande voz, taparam os seus ouvidos, e arremeteram unânimes contra ele. E, expulsando-o da cidade, o apedrejavam. E as testemunhas depuseram as suas capas aos pés de um jovem chamado Saulo. E apedrejaram a Estêvão que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito. E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu." (At 7:57-60).
Outra razão pela qual um crente pode morrer prematuramente é por ter completado a obra que Deus lhe deu para fazer neste mundo e não existir mais uma razão para ele permanecer aqui. Foi o caso do apóstolo Paulo e de outros apóstolos, exceto João, que o Senhor quis que ele ficasse até o final de sua vida, que foi quando escreveu o Apocalipse.
Crianças também podem ser levadas por estarem salvas e terem cumprido o propósito para o qual vieram a este mundo, sempre segundo a escolha divina. A morte é sempre triste e terrível para os que ficam, mas um crente saberá também que a morte é uma serva colocada a serviço dos salvos quando necessário. Basta perguntar: O que é melhor, viver neste mundo de dor e sofrimento ou estar na presença de Cristo? Paulo sabia responder, deixando claro que o melhor era estar com Cristo e que a única coisa que podia prendê-lo à vida na terra era a obra que o Senhor tinha colocado em suas mãos. Ele escreveu:
"Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com fingimento ou em verdade, nisto me regozijo, e me regozijarei ainda. Porque sei que disto me resultará salvação, pela vossa oração e pelo socorro do Espírito de Jesus Cristo, segundo a minha intensa expectação e esperança, de que em nada serei confundido; antes, com toda a confiança, Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte. Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho. Mas, se o viver na carne me der fruto da minha obra, não sei então o que deva escolher. Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor. Mas julgo mais necessário, por amor de vós, ficar na carne. E, tendo esta confiança, sei que ficarei, e permanecerei com todos vós para proveito vosso e gozo da fé... Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus... Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo. Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé." (Fp 1:18-25; At 20:24; 2 Tm 4:6-7).
Mas quanto ao Rio de Janeiro, ao Brasil, e ao mundo em geral, não se iluda de que Deus possa estar interessado em melhorar o sistema de coisas que rejeitou a seu Filho pregando-o numa cruz. Na agenda de Deus ainda tem um evento que está para acontecer antes de ele criar todas as coisas novas e perfeitas, e Pedro diz o que é em sua carta:
"Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas. Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade, esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus, incendiados, serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão. Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça." (2 Pe 3:10-13).
A ideia romântica e ingênua de melhorar o mundo por protestos e manifestações de uma sociedade comovida com este e outros crimes, clamando por um mundo melhor, esbarra na malignidade existente no coração de todo ser humano, o meu inclusive. Todos temos em maior ou menor medida o desejo de construir um nome e deixar alguma grande obra na terra para marcar nossa existência. O criminoso também.
Esse crime foi logo acompanhado de manifestações acaloradas, que engrossarão as fileiras das manifestações pacíficas já realizadas no Rio contra o crime, com pessoas vestidas de branco e fincando cruzes na areia das praias ou deitadas nas calçadas fingindo ser cadáveres. Gastar tempo com isso é não entender a mente criminosa, que também deseja deixar sua marca na sociedade, nem sempre com a invenção da penicilina ou da cura do câncer.
Quem conhece a mente dos psicopatas assassinos em série, da bandidagem comum e dos terroristas políticos sabe que eles todos gostam de se gloriar do impacto que suas maldades causam na sociedade. Um pouco antes de estourar a guerra no Iraque toda semana tinha alguma notícia de homens-bomba nas ruas de Israel. Foi só começar a guerra e os atentados cessaram, não por falta de terroristas suicidas, mas porque morrer em pedaços em Israel não seria notícia num momento em que todos estavam de olho no Iraque.
É tudo uma questão de satisfação própria e notoriedade. Quando assassinos percebem que matando dez pessoas conseguiram gerar um protesto de mil pessoas vestidas de branco abraçando árvores, fincando cruzes ou se fingindo de mortas, como você acha que criminosos raciocinam? Simples. Se matarem cem, vão conseguir levar às ruas dez mil; se matarem mil, terão cem mil falando deles. Portanto protestos não inibem criminosos; protestos são motivacionais que ajudam a potencializar a maldade.
Repressão ao crime não se faz com soldados disparando flores; repressão ao crime se faz com autoridade, algo que será cada vez mais desprezada em todo o mundo. Não sou eu que digo, são as páginas das Escrituras. Nelas as "estrelas" representam os poderes ou pessoas em posição de poder e autoridade, como sempre souberam os navegantes que se deixavam guiar pelas estrelas do céu. E o que acontece com as estrelas à medida que o mundo chega ao seu final e as estrelas humanas já não servem de referência e guia? A Bíblia começa com estrelas colocadas por Deus de guia para iluminarem e darem a direção, e termina com estrelas caindo ou sendo tiradas de sua posição para fazer a humanidade mergulhar nas trevas e terror.
"Fez Deus os dois grandes luzeiros: o maior para governar o dia, e o menor para governar a noite; e fez também as estrelas. E os colocou no firmamento dos céus para alumiarem a terra, para governarem o dia e a noite e fazerem separação entre a luz e as trevas." (Gn 1:16-18).
"E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte... E o terceiro anjo tocou a sua trombeta, e caiu do céu uma grande estrela ardendo como uma tocha, e caiu sobre a terça parte dos rios, e sobre as fontes das águas. E o nome da estrela era Absinto, e a terça parte das águas tornou-se em absinto, e muitos homens morreram das águas, porque se tornaram amargas... E o quarto anjo tocou a sua trombeta, e foi ferida a terça parte do sol, e a terça parte da lua, e a terça parte das estrelas; para que a terça parte deles se escurecesse, e a terça parte do dia não brilhasse, e semelhantemente a noite... Viu-se, também, outro sinal no céu, e eis um dragão, grande, vermelho, com sete cabeças, dez chifres e, nas cabeças, sete diademas. A sua cauda arrastava a terça parte das estrelas do céu, as quais lançou para a terra." (Ap 6:13; 8:10-12; 12:3-4).
Por isso o cristão não deve esperar grandes coisas das autoridades que são. Deve respeitá-las, submeter-se a elas, mas entender que no final serão as autoridades que estarão como peões nas mãos de Satanás para cumprirem os seus desígnios sem estarem desvinculados dos desígnios de Deus. Até que a única e verdadeira Estrela surja para colocar um ponto final a toda a ruína e passar a limpo a criação de Deus, a "Estrela da Manhã". É assim que termina o livro de Apocalipse com uma declaração do próprio Jesus glorificado:
"Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos testificar estas coisas às igrejas. Eu sou a Raiz e a Geração de Davi, a brilhante Estrela da manhã. O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida." (Ap 22:16).
Mario Persona é palestrante e consultor de comunicação, marketing e desenvolvimento profissional (www.mariopersona.com.br). Não possui formação ou título eclesiástico e nem está ligado a alguma denominação religiosa, estando congregado desde 1981 somente ao Nome do Senhor Jesus. Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.)