https://youtu.be/mwAXKfkhDuA
Quando alguém pergunta algo procuro responder, mas não em vídeo como a maioria pensa que faço. Respondo em texto e se depois achar o assunto relevante posso publicar um vídeo. Mas na maioria das vezes respondo com um link para uma resposta que já dei daquele assunto, ou simplesmente ensino o que pergunta a pesquisar no Google assim: assunto + mario persona. Ele provavelmente irá encontrar uma ou mais respostas que publiquei sobre o assunto.
Mas também posso não responder, seja por falta de tempo, seja por achar a pergunta sem grande importância ou vinda de alguém que só está curioso. Um exemplo? "Assistir vídeo no Youtube é pecado?"; "Se jogar videogame perco a salvação?"; "Que livros Paulo pede a Timóteo para trazer da casa de Carpo em Trôade em 2 Timóteo 4:13?". Bem, esta última eu realmente respondi, acrescentando um emoji gargalhando: "Os volumes de 'O Evangelho em 3 Minutos' e de 'O que respondi', todos eles de Mario Persona.". Meu correspondente entendeu a brincadeira e também riu.
Mas também não respondo para os que escrevem simplesmente para provocar, geralmente pessoas de seitas anticristãs ou que pregam Lei e mandamentos como meio de salvação e sentem verdadeira ojeriza por eu pregar a justificação pela fé em Cristo e a salvação por graça somente. Não são pessoas querendo saber; são pessoas querendo contestar.
Recebi hoje uns dez e-mails de um membro de uma seita que nega a divindade de Cristo e cujos membros vivem aprisionados em uma torre de auto-justificação. Em cada mensagem ele soltava os cachorros e reafirmava ponto a ponto suas más doutrinas. A razão de sua ira foi eu tê-lo bloqueado no Facebook, onde queria injetar seu veneno em minhas veias. Disse estar "pouco ligando" por eu tê-lo bloqueado (ele não usou exatamente a expressão "pouco ligando").
Minha estratégia com pessoas assim tem sido ignorar e seguir adiante com minha caravana, porque é apenas mais um cão que ladra. Parar para conversar com alguém assim, além de ir contra a exortação do apóstolo João de nem saudarmos tal pessoa, seria fazer como o macaco da fábula "O macaco e o boneco de piche", que parou para bater no boneco e acabou grudado.
"Todo aquele que prevarica, e não persevera na doutrina de Cristo, não tem a Deus. Quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto ao Pai como ao Filho. Se alguém vem ter convosco, e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis. Porque quem o saúda tem parte nas suas más obras." (2 Jo 1:9-11).
Estou sempre pronto para responder e atender aqueles que buscam sinceramente conhecer a verdade ou nos quais vejo oportunidade de corrigir algum erro. Mas aprendi que bater de frente com inimigos da cruz de Cristo não leva a nada mais que fazer com que se apeguem ainda mais ao osso duro e seco que estão roendo. "O Homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz, de repente será destruído sem que haja remédio." (Pv 29:1).
É preciso sempre ter discernimento para saber que estamos em constante batalha, não contra homens, mas contra as potestades do mal. Sim, nossos alvos estão nas regiões celestiais, como ensina Efésios 6:12: "Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.".
É por isso que em alguns casos não respondo diretamente ao ímpio, mas escrevo algum artigo no "O que respondi" sobre o assunto, não para ele, mas para outros que possam passar pela mesma situação. Além disso escrever é também uma forma de liberar o estresse que essas mensagens de ódio geram em mim. Esta passagem é bem instrutiva de como devemos agir. Repare que ele não deixa de lidar com a desobediência ou o mal, mas sua prioridade está nos irmãos sinceros e na obediência deles:
"Porque, andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo; e estando prontos para vingar toda a desobediência, quando for cumprida a vossa obediência." (2 Co 10:3-6).
Gostei de um comentário feito por William MacDonald sobre esta passagem:
O pensamento na passagem é que, embora os apóstolos estivessem vivendo em corpos de carne, eles não travaram a guerra cristã de acordo com métodos ou motivos carnais. As armas da guerra cristã não são carnais. O cristão, por exemplo, não usa espadas, armas ou a estratégia da guerra moderna em espalhar o evangelho cristão de costa a costa. Mas essas não são as únicas armas carnais das quais o apóstolo está falando. O cristão não usa riqueza, glória, poder, fluência ou inteligência para realizar seus objetivos.
Em vez disso, ele usa métodos que são poderosos em Deus para derrubar fortalezas. A fé no Deus vivo, a oração e a obediência à palavra de Deus são as armas efetivas de todo verdadeiro soldado de Jesus Cristo. É por estas que as fortalezas são arrasadas.
O versículo 5 nos diz o que significam as “fortalezas” do versículo 4. Paulo se via como um soldado guerreando contra os orgulhosos argumentos do homem, argumentos que se opunham à verdade. O verdadeiro caráter desses argumentos é descrito na expressão 'contra o conhecimento de Deus'. Poderia ser aplicado hoje aos raciocínios de cientistas, evolucionistas, filósofos e religiosos que não têm espaço para Deus em seu esquema de coisas. O apóstolo não estava disposto a assinar uma trégua com estes. Antes, ele se sentiu comprometido em levar cativo todo pensamento à obediência de Cristo.
Todos os ensinamentos e especulações dos homens devem ser julgados à luz dos ensinamentos do Senhor Jesus Cristo. Paulo não condenaria o raciocínio humano como tal, mas adverte que não devemos permitir que nosso intelecto seja exercido em desafio ao Senhor e desobediência a ele. Como um soldado de Cristo, o apóstolo também estava pronto para punir toda a desobediência, depois de os coríntios terem mostrado sua obediência em primeiro lugar. Ele não iria agir contra os falsos mestres em Corinto até que estivesse, primeiro, seguro da obediência dos crentes em todas as coisas. — W. MacDonald.
Mario Persona é palestrante e consultor de comunicação, marketing e desenvolvimento profissional (www.mariopersona.com.br). Não possui formação ou título eclesiástico e nem está ligado a alguma denominação religiosa, estando congregado desde 1981 somente ao Nome do Senhor Jesus. Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.)