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Sua dúvida é, se já fomos perdoados de todos os nossos pecados — passados, presentes e futuros — no momento em que cremos em Cristo, porque em 1 João diz para confessarmos nossos pecados para recebermos perdão?
"Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós." (1 Jo 1:8-10).
Quando cremos em Cristo, nós nos confessamos culpados diante de Deus e pedimos perdão por nossos pecados (todos eles), por nossa condição de pecadores e tudo mais que está no pacote de nossa inimizade e rebelião contra Deus. Recebemos naquele momento o perdão judicial de Deus. Agora no dia a dia confessamos nossos pecados, não para receber o perdão judicial que já nos foi dado e impede que um dia sejamos condenados, por Cristo ter sido condenado em nosso lugar, mas o perdão paternal para o restabelecimento da comunhão.
Não pedimos perdão — e você não encontra nenhum convertido pedindo perdão em Atos e nas epístolas — porque o perdão já está garantido a nós. Mas nos é dito para confessarmos para sermos beneficiados com os benefícios e virtudes da mesma obra que nos deu esse mesmo perdão, e termos nossa comunhão restabelecida. Lembre-se de que as epístolas de João foram escritas para salvos, não para perdidos, portanto essa confissão do capítulo 1 de 1 João não é visando a salvação. William Macdonald explica assim:
"O perdão de que João fala aqui é parental, não judicial. Perdoar judicialmente significa perdão da penalidade dos pecados, o que o pecador recebe quando crê no Senhor Jesus Cristo. É chamado de judicial porque é concedido por Deus atuando como juiz. Mas e os pecados que uma pessoa comete depois da conversão? Quanto à pena, o preço já foi pago pelo Senhor Jesus na cruz do Calvário. Mas no que diz respeito à comunhão na família de Deus, o santo pecador precisa do perdão paternal, isto é, o perdão de Seu Pai. Ele obtém isso confessando seu pecado. Precisamos de perdão judicial apenas uma vez; aquilo cuidou da penalidade de todos os nossos pecados — passados, presentes e futuros. Mas precisamos do perdão paternal durante toda a nossa vida cristã. Quando confessamos nossos pecados, devemos crer, pela autoridade da palavra de Deus, que Ele nos perdoa. E se Ele nos perdoar, devemos estar dispostos a nos perdoar." - W. Macdonald
Outro autor, Hamilton Smith, escreve: "Temos pecado em nós e cometemos pecados. Se dissermos que chegamos à perfeição sem pecado, enganamos a nós mesmos e provamos que não temos a verdade, pois o pecado ainda está em nós. Se dissermos que nunca pecamos, não apenas nos enganamos, mas fazemos de Deus um mentiroso, pois em muitas coisas todos nós ofendemos. No entanto, nos caminhos governamentais de Deus com Seus filhos, “se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados”. Não nos é dito para pedirmos perdão, mas, como filhos que agora somos, confessar os pecados que precisam de perdão. Apresentamos nossos pecados ao Pai, e Ele não apenas perdoa os pecados, mas nos purifica das influências contaminadoras dos pecados." - H. Smith
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Mario Persona é palestrante e consultor de comunicação, marketing e desenvolvimento profissional (www.mariopersona.com.br). Não possui formação ou título eclesiástico e nem está ligado a alguma denominação religiosa, estando congregado desde 1981 somente ao Nome do Senhor Jesus. Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.)