https://youtu.be/letneoOu7IM
O homem foi criado para habitar na terra, e isso fica muito claro quando astronautas saem daqui. Ao viajar ao espaço, à Lua ou a outros planetas precisam criar vestes ou ambientes de habitat artificial, pois nosso organismo não foi feito para viver em condições de gravidade, atmosfera e pressão diferentes das encontradas na terra. Este versículo pode ajudar a entender isso: "Os céus são os céus do Senhor; mas a terra a deu aos filhos dos homens." (Sl 115:16).
Então nem precisa se preocupar, pois embora seja possível estabelecer bases lunares como ponto de partida para a exploração de outros corpos celestes, não é possível ao homem permanecer na Lua a não ser por breves períodos. A permanência prolongada em um ambiente sem gravidade causa sérios danos ao organismo. Os astronautas que ficaram durante meses no espaço perderam massa óssea e muscular e a readaptação à vida na Terra foi extremamente dolorosa.
Marte seria mais habitável em termos de gravidade (sem considerar outros aspectos mortais de seu ambiente), mas ainda assim prejudicial à vida humana por longos períodos. Aquela "gravidade artificial" dos filmes só existe na ficção. Problemas de ar para respirar, pressão atmosférica, reciclagem e produção de água, alimentos, são todos eles já resolvidos artificialmente pela ciência, mas gravidade não. Portanto é melhor você não fazer planos de se mudar definitivamente para a Lua ou Marte. A Terra e o ser humano foram criados um para o outro.
Então a pergunta a ser feita não é se Deus quer que o homem vá morar na Lua, mas se Deus quer que o homem vá morar no céu, e a resposta para esta segunda pergunta é um sonoro SIM. Enquanto muitos perdem tempo perscrutando o firmamento em busca de sinais inteligentes de supostos extraterrestres, a humanidade sempre foi visitada por extraterrestres, os anjos registrados no Antigo Testamento, e mais recentemente por aquele que não só não teve sua origem na terra, como foi o próprio criador dela e de todo o universo: o Filho eterno de Deus.
"E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade... Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores... para dar ao seu povo conhecimento da salvação, na remissão dos seus pecados, pelas entranhas da misericórdia do nosso Deus, com que o oriente do alto nos visitou, para alumiar os que estão assentados em trevas e sombra de morte, a fim de dirigir os nossos pés pelo caminho da paz... E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Aquele que se manifestou em carne foi justificado em espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo e recebido acima, na glória... Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do Homem, que está no céu." (Jo 1:14-15; Lc 1:77-79; 1 Tm 3:16; Jo 3:13).
Quanto a Deus aprovar ou não que o homem vá habitar na Lua ou em outro planeta, desde que Caim construiu a primeira cidade, e seus descendentes desenvolveram os protótipos do que viria a ser o agronegócio, artes e indústria, os homens vivem tentando encontrar meios de tornar o mundo arruinado pelo pecado em um lugar melhor para se viver.
"E conheceu Caim a sua mulher, e ela concebeu, e deu à luz a Enoque; e ele edificou uma cidade, e chamou o nome da cidade conforme o nome de seu filho Enoque; e a Enoque nasceu Irade, e Irade gerou a Meujael, e Meujael gerou a Metusael e Metusael gerou a Lameque. E tomou Lameque para si duas mulheres; o nome de uma era Ada, e o nome da outra, Zilá. E Ada deu à luz a Jabal; este foi o pai dos que habitam em tendas e têm gado. E o nome do seu irmão era Jubal; este foi o pai de todos os que tocam harpa e órgão. E Zilá também deu à luz a Tubalcaim, mestre de toda a obra de cobre e ferro; e a irmã de Tubalcaim foi Noema." (Gn 4:17-22).
Em Gênesis Deus já deixava claro que a capacidade humana de construir e inventar não teria limites. Quando viu a torre que haviam construído em Babel, Deus disse: "Agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer." (Gn 11:6).
Então dentro desse contexto Deus não se opõe a que o seu povo, que mesmo não sendo do mundo está no mundo, utilize as invenções deste mundo, desde que não sejam para ir contra seus mandamentos e vontade. O próprio Senhor escolheu artífices para a construção do tabernáculo no deserto, o que equivale dizer que escolheu os que melhor sabiam usar tecnologia na época. Essa tecnologia de materiais, iniciada por Tubalcaim, seria usada neste sentido. O Senhor também instruiria os hebreus a tocarem instrumentos na adoração, os mesmos inventado por Jubal. Além disso, mais tarde escolheria uma cidade, à semelhança da primeira construída por Caim, para ser o lugar onde seu nome habitaria na terra.
"Depois falou o Senhor a Moisés, dizendo: Eis que eu tenho chamado por nome a Bezalel, o filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, e o enchi do Espírito de Deus, de sabedoria, e de entendimento, e de ciência, em todo o lavor, para elaborar projetos, e trabalhar em ouro, em prata, e em cobre, e em lapidar pedras para engastar, e em entalhes de madeira, para trabalhar em todo o lavor. E eis que eu tenho posto com ele a Aoliabe, o filho de Aisamaque, da tribo de Dã, e tenho dado sabedoria ao coração de todos aqueles que são hábeis, para que façam tudo o que te tenho ordenado. A saber: a tenda da congregação, e a arca do testemunho, e o propiciatório que estará sobre ela, e todos os pertences da tenda; e a mesa com os seus utensílios, e o candelabro de ouro puro com todos os seus pertences, e o altar do incenso; e o altar do holocausto com todos os seus utensílios, e a pia com a sua base; e as vestes do ministério, e as vestes sagradas de Arão o sacerdote, e as vestes de seus filhos, para administrarem o sacerdócio; e o azeite da unção, e o incenso aromático para o santuário; farão conforme a tudo que te tenho mandado." (Êx 31:1-11).
É bom lembrar que até mesmo o dinheiro, que o próprio Senhor Jesus usou para pagar impostos, ele chamou de "riquezas da injustiça" em Lucas 16:9. E o apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, escreveu: "Isto, porém, vos digo, irmãos, que o tempo se abrevia; o que resta é que também... os que compram, como se não possuíssem; e os que usam deste mundo, como se dele não abusassem, porque a aparência deste mundo passa." (1 Co 7:29-31).
Gosto de pensar no fato de que a expansão do evangelho se deu usando uma facilidade construída pelo mesmo Império Romano que crucificou o Senhor e oprimia os primeiros cristãos, que era sua rede de estradas pavimentadas. Elas foram projetadas para movimentar as tropas e levar para Roma escravos capturados nas guerras e o produto dos saques, e isso não muito diferente do que é feito hoje com a Internet e outras tecnologias. À semelhança dos primeiros cristãos que se valiam das facilidades tecnológicas, de transporte e comunicação do primeiro século, hoje utilizamos computadores e Internet para evangelizar, mesmo sabendo que são coisas criadas visando finalidades contrárias à vontade de Deus.
Aqui alguém poderia querer acrescentar que o progresso tecnológico teria sido previsto no livro de Daniel, onde lhe é dito: "E tu, Daniel, encerra estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e o conhecimento se multiplicará." (Dn 12:4). Mas o significado da passagem pode ser outro, o de que muitos iriam escrutinar este livro de uma parte a outra, muito provavelmente no tempo da Grande Tribulação, quando o conhecimento da Palavra profética irá aumentar entre o remanescente judeu que irá habitar a terra no Milênio. Mathew Henry, que viveu no século 18, comentou: "Então este tesouro escondido será aberto, e muitos procurarão nele, e se aprofundarão em busca deste conhecimento, como como quem busca prata. Eles correrão para lá e para cá, para averiguar cópias dele, os analisarão e verão que são verdadeiros e autênticos. Eles o lerão repetidamente, meditarão sobre ele e o repassarão em suas mentes.".
Ainda que a Bíblia não fale de modernas tecnologias e viagens espaciais, não vejo nada de errado em o homem ir ao espaço, como não me sinto errado quando entro num avião para viajar a onze mil metros de altitude, mesmo sabendo que Deus não criou o homem com asas para voar. Também não nasci com rodas para viajar a cento e vinte quilômetros por hora, e muito cedo precisei de tecnologia ótica para melhor enxergar. Logo irei precisar de tecnologia para audição, principalmente da mais moderna, que se beneficiou dos esforços de miniaturização desenvolvidos originalmente para as viagens espaciais. A corrida espacial trouxe muitas invenções, e os que vivem criticando a NASA só conseguem fazer isso usando muitas das invenções daquela e de outras agências de pesquisas aeroespaciais.
Minha sugestão aos que se opõem tão veementemente contra as viagens espaciais é que façam seus protestos usando sinais de fumaça, caso contrário estarão sendo coniventes com o próprio alvo de seus ataques. Também sugiro que não comprem travesseiro de espuma com memória, não deem fórmulas de alimentos para seus bebês, caso sofram um acidente não deixem os socorristas envolverem seu corpo numa manta térmica, caso tenham um filho surdo não permitam que seja feito implante coclear, nem que sua temperatura seja medida com termômetro infravermelho, nem usem smartphones com câmeras, óculos com lentes à prova de riscos, não façam tomografia e nem usem bomba de insulina se forem diabéticos. E ainda, caso precisem ter um membro amputado, deem preferência a um gancho para a mão ou a uma perna de pau.
Algumas invenções desenvolvidas ou aperfeiçoadas pela NASA para a corrida espacial:
- Espuma com memória, usada em travesseiros e assentos para deficientes.
- Alimentos para bebês
- Aspirador portátil a bateria
- Manta térmica para resgate
- Implante coclear para deficientes auditivos
- Termômetro infravermelho para medição a distância
- Aparelho ortodôntico invisível
- Pistolas de jato d'água
- Tecido aquadinâmico para nadadores
- CMOS - Sensor da câmera do celular
- Lentes à prova de riscos
- Membros artificiais para amputados
- EWB software usado na "Internet das Coisas"
- Sondas com câmeras intra arteriais
- Bomba de insulina
- Cortador de metal usado em resgate
- Filtros mais eficientes para água
- Detetor de fumaça regulável
- TV por satélite
- Pneus mais resistentes
- Micro câmeras usadas em celulares
- Tomografia computadorizada
- Lâmpadas LED
- Removedor de minas terrestres
- Tecnologia de solado para tênis de alta eficiência
- Melhor isolamento térmico
- Fones de ouvido sem fio
- Mouse de computador
- Computador portátil
A lista não termina aqui, pois existem muitas invenções e aprimoramento de tecnologias que hoje facilitam nossa vida e que não existiriam se não fossem os esforços de miniaturização exigidos para equipamentos mais leves e eficientes para serem lançados ao espaço.
Mas a verdade é que sempre existirão aqueles que querem se gloriar em não usar tecnologia disso ou daquilo alegando que são coisas do mundo. Um exemplo típico é o da seita conhecida como Amish, nos Estados Unidos, cujos integrantes alegam não utilizar tecnologia moderna, mas vivem um estilo de vida do século dezenove. O que não percebem é que já havia muita tecnologia naquele século e a que eles utilizam hoje só tem a aparência de então, porque os materiais, ligas metálicas e técnicas de construção que utilizam são mais modernas.
Se quisessem mesmo se opor à tecnologia deviam morar em cavernas e se vestir de peles, mas não me pareceu ser o caso de uma garota Amish que vi vendendo produtos orgânicos em um mercado de Filadélfia. Ela estava vestida da cabeça aos pés na moda Amish, com a toca, o vestidão e toda aquela aparência de recato e humildade como manda o figurino da seita. Bem, exceto os pés, que calçavam aquele que na época era o último modelo da Nike.
Mario Persona é palestrante e consultor de comunicação, marketing e desenvolvimento profissional (www.mariopersona.com.br). Não possui formação ou título eclesiástico e nem está ligado a alguma denominação religiosa, estando congregado desde 1981 somente ao Nome do Senhor Jesus. Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.)